terça-feira, 29 de junho de 2010

QUEM SOU EU?

QEM SOU?

Sabes quem sou?
Eu não sei nem nunca saberei...
Sou tudo, vento e sol, grito, alegria, dor...
Sou tudo o que posso ser...
Vivo á deriva da vida,
Penso, nem sei que penso.
Quero, nem sei que quero...
Já não me reconheço... e tu conheces-me bem?
Caminhei em busca de mim.
Nunca me achei.
Cheguei sempre atrasada ao lugar onde estarei...
Indecisão... ou não...
Saber apenas que não sei...
E tu sabes quem sou?
Se sabes ainda bem..

terça-feira, 22 de junho de 2010

DE PEDRA!

DE PEDRA

De pedra! De pedra como estatua pareço.
Fria como noite de Inverno
Onde desassossegadamente morre a emoção.
Sombra de luz, corre no poente
Quebrando o gelo onde me guardo….
De pedra fria pareço …
Mas nada mais que ilusão…
Meu corpo arde ao toque da tua mão…
Solto-me em réstias de luz,
Onde asas de sonhos cortam meu peito
Em silêncios dourados…
Onde lendas antigas soltam memorias…
Anoitece! Em teus braços nasce o sol!
Um pássaro canta; talvez o rouxinol…
Que canta e sofre por amor de mansinho…
Que adormece… e de pedra parece…
Mas ardendo por dentro em fúria,
Como magma de um vulcão…

terça-feira, 15 de junho de 2010

ADORMECER

ADORMECER

Caminho na praia que queria deserta,
Só para mim...
O vento corre em desespero pelas dunas,
Moldando-as com sua mão forte,
Acariciando suas curvas,
Gritando em sussurros seu amor...
O mar enovela-se a meus pés
Com murmúrios de sereias
Que me querem encantar...
A espuma branca, espessa ,
Desfaz-se furiosamente nas fragas
Da falésia , ali ao lado...
A noite fez a promessa de vir tomar o lugar
Do sol, e vai-se sentando devagar
Ao meu lado, até que se estende
E me enlaça em seus braços,
E sinto o beijo do luar...
Já não há gaivotas, recolheram-se
Entre as rochas, calaram os seus piares...
Deixo-me adormecer, sonho com caravelas
E marinheiros, com Adamastor, e o cabo das tormentas...
Acordo, sonhando partir, viajar
Até não haver mar...
Até nunca mais acordar...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

MASCARA GREGA

MASCARA GREGA

A brisa vem acariciar-me os cabelos...
Fecho os olhos sinto melodias no ar...
Perco-me em sonhos, embalo a alma...
Liberto-a onde só ela pode entrar.
Solto-a no tempo, levo-a para longe...
Caminhos de luz... e solidão...
Caminhos meus, enigmas sem fim...
Fecho-me no sonho,
Que importa lá fora?
Verdade ou mentira...
Mascara grega é meu rosto,
Nada revela. Só a alma está em mim
Só eu entro nela sem mascara,
Nua como quando nasci...