segunda-feira, 15 de novembro de 2010

OUTONO

OUTONO

Era um fim de tarde fria,
Onde o vento cantava pelas esquinas.
As folhas caiam das arvores…
Meti as mãos nos bolsos e assobiei baixinho,
Para esquecer ou assustar o frio…
O cheiro das castanhas acabadas de assar,
Invadiam os sentidos, acariciavam o paladar…
Gotas grossas e pesadas de chuva, começaram a cair…
Apressei o passo, enrolei-me em ti,
Posei a cabeça no teu ombro e sorri…
Descemos a rua agora mais devagar…
Tínhamo-nos!..
Já não havia pressa de fugir,
Ao tempo, á chuva, a tudo o que pudesse vir…
Juntos havia sempre sol…
O cheiro das castanhas guiava os nossos passos.
Compramos uma mão cheia…
(Quentes e boas!....)
Apregoava a rapariga, enrolada em roupa,
Sacudindo o assador…
Nós com as mãos agora quentes,
Com o perfume das castanhas a aguçar o paladar,
Caminhamos longamente sobre a cama
De folhas doiradas e vermelhas que amorteciam nossos passos…
Era Novembro, o Outono caminhava,
E eu com a cabeça no teu ombro sonhava

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