segunda-feira, 11 de julho de 2011

LAMENTOS

Batido pelo vento, o lamento nos canaviais
Trás á alma uma liturgia sibilante
De mágica musica breve
Onde se escreve poemas e enigmas ancestrais…
No flanco do tempo,
Nascem Faunos e Sibilas que dançam
Na noite musicas infernais…
O vento norte,
Trás preces rezadas, palavras nunca ditas…
Deuses escrevem nas areias
Linhas magnéticas da vida e do saber…
Curvam-se senhores,
Dissonantes rumores das vozes negras
Que a terra solta ao crepúsculo
Sem luz de um anoitecer trágico
Cortando as veias do tempo
Em sons de absurdo e mágico.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A MINHA VICTORIA!

A MINHA VICTORIA!

A MINHA VICTORIA

Num silêncio morno de fim de tarde,
Penso guerreiras, mulheres aladas.
As Vitorias em que penso,
São Deusas de um Olimpo moribundo,
Onde mutiladas, e presas,
As Vitorias já não são Deusas…
Guardam em seus corpos ardentes,
O frio da pedra que as transformou…
Não há grito, não há emoção…
São estáticas…Patéticas Vitorias,
Que o homem sonhou…
Mas se eu sonha-se uma Vitoria….
Em suas asas brancas abertas
Guardaria a força da liberdade
Rompendo a eternidade,
Soltando gritos, voando alto,
Com rugidos de fúria, de desejo,
Tempestades desencadearia.
Seria vento, seria mulher,
Mas jamais estatua fria!....