quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SER

Fechei os olhos. A manhã corria… O sol lutava para emergir das nuvens ainda escuras da noite… O vento cantava a canção forte e bravia, Por entre os ramos despidos das arvores… Era Inverno, o frio soltava-se pelas esquinas… Apetecia ficar ali, entre sonhos e aconchegos… Apetecia fechar os olhos e trazer de dentro da alma, Todos os mistérios… Brincar com os pensamentos, Criar lagos de palavras por dizer…. Enrolar-me em mim e parar ali no tempo, no momento… Na fronteira tangente do sonho e da realidade… Olhar para dentro de mim, Trazer á superfície todos os sorrisos do passado… Ser apenas um elemento, fazer parte do vento. Ser semente, fruto maduro… Ser águia em escarpa íngreme açoitada…. Fundir-me no tempo, ser eterna… Cristalizar-me no momento……

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