Perdida no tempo, a aldeia dorme entre pedras pisadas e arvores solitárias e tristes.
O tempo esqueceu este lugar, adormeceu ali.
Já não se ouvem risos, nem pés correndo apressados pelos velhos caminhos que correm pela aldeia, apenas uma tristeza saudosa e velha, guarda as portas das casas vazias, onde a lareira está fria, e já não conta historias.
Mas ali, no coração velho e cansado da aldeia, ergue-se a pequena igreja branca, onde Deus vem descansar sempre que precisa de paz…
O altar de talha de ouro ainda a brilhar entre os estragos do tempo, é gloriosamente humilde… Os anjos de cara redonda e corada continuam a sorrir na sua inocência de uma fé nunca perdida.
Na cruz bem no centro do altar um Cristo morre todos os dias…
No portal Santos de pedra talhada por mãos rudes guardam a entrada, com ar severo e triste…
Até os sinos perderam o seu alegre chamar… Já só tocam a dobrar…
A terra dorme, morre devagar…
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