sexta-feira, 6 de novembro de 2009

POMBOS

Um bando de pombos abriu o ar
Soltando-se em desatino no seu bater de asas fortes.
Sobressalto-me sempre quando oiço
O seu levantar de voo marcando o tempo com uma
Certeza, uma verdade concreta, e simples...
Fico sempre aqui a olhá-los,
A vê-los nas voltas infinitas, desenhado
Formas mágicas que fecham a verdade da vida efémera,
Que é o seu tempo de estar.
Espero sempre a sua chegada,
Até que alguma coisa os volte a assustar de novo,
E eles me acordem com o barulho das suas asas,
Fazendo-me saltar o muro,
Que separa a vida do sonhar....

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