quinta-feira, 24 de setembro de 2009

pelos caminhos do Douro

Pelos socalcos da serra ,
Desce o tempo em desalinho.
Acossado pelo vento que sopra na branquidão do dia....
Paisagem decalcada sobre paisagem.
Cores vivas e agrestes correm ao longo dos caminhos
Que levam a eterna fragrância da natureza viva.
Ribeiros de gelo cortam como laminas
De aço brilhante e duro,
O pensamento dos poetas que se debruçam
Sobre o tempo de criar...
A serra recorta o horizonte,
Onde perco meus momentos de êxtase e solidão...
Os Deuses talharam com cinzel
A mais bela e abrupta paisagem.
Vinho como sangue corre pelos
Tempos sem tempo... eternamente....
Eis o Douro caminho que leva
Ao céu da poesia, fria, áspera,
Com arestas cortantes...
Como a vida vivida aqui entre vinhas e pisares...
Entre sonhos e acordares...

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