quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SOLIDÃO

A luz do dia já não se demora,
A noite trás sombras que crescem
No abandono de uma casa vazia...
Por detrás de cada porta,
Há um grito ausente que se levanta
Quando me sento aqui a recordar,
A pensar, a sentir as marcas do passado,
E da sua ausência...
Corro a casa. Em cada canto,
Em cada aresta, há memórias
Entranhadas que doem, mas são já um habito...
Há estilhaços de sonhos caídos
Por todo o chão...
Há murmúrios antigos de solidão...
A casa está fria... A noite chegou,
Engoliu todas as sombras,
Deixando uma enorme escuridão..

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