sexta-feira, 30 de outubro de 2009

VICTÓRIA

Parei em frente daquela Vitória...
O vento em suas vestes moldava-lhe o corpo...
Sugerindo seus joelhos torneados...
Seus seios sonhados, esculpidos,
Gritavam desejos, não contidos, ansiados...
Seus braços abertos eram a procura do mistério...
Eram o grito que a boca não tinha...
No rosto de pedra a vida jazia,
Perdida no Paternan da saudade...
Com suas asas abertas, sugerindo liberdade...
Ela a Vitória alada, presa na pedra morria...
Estaticamente, senti-a inacabada...
Faltava-lhe o sopro... a chama...
A vida asfixiada dentro da pedra de onde foi talhada...

Um comentário:

  1. Todas as vitórias acabarão no estático, entretanto fujamos das derrotas. parabéns.

    Fernando Oliveira

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