quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
VENTO....
O vento Norte trás no seu assobio
Gritos de vendavais...
Um arrepio corre-me o corpo.
Há gritos de silencio escondidos
Entre o ser e o não ser...
O sol brilha inocentemente brincando com o vento...
Trás nas mãos risos que me quer oferecer...
Mas o vento, frio, incomodo,
Entra mais forte em mim,
Querendo desvendar meu ser mais oculto...
O mais fundo e misterioso de mim,
Onde eu entro e não me sei...
Onde me perco e me encontro em
temporais ....
Gritos de vendavais...
Um arrepio corre-me o corpo.
Há gritos de silencio escondidos
Entre o ser e o não ser...
O sol brilha inocentemente brincando com o vento...
Trás nas mãos risos que me quer oferecer...
Mas o vento, frio, incomodo,
Entra mais forte em mim,
Querendo desvendar meu ser mais oculto...
O mais fundo e misterioso de mim,
Onde eu entro e não me sei...
Onde me perco e me encontro em
temporais ....
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
PRIMEIRO NATAL
Um ano? Ano e meio? Não teria mais de certeza…
Esta é a minha mais remota lembrança. A primeira sensação de existir, de ser eu.
Era noite de Natal, na grade cozinha da casa da minha infância, eu ao colo do meu pai, via deslumbrada, e um pouco assustada, os presentes a descerem magicamente da chaminé….
Era tanta coisa! Ou era eu que era tão pequena, que tudo aquilo me parecia um mundo…
Mas lembro-me até hoje de uma boneca, tão grande como eu!... e de um biberão minúsculo, com leite e tudo!...
Nessa noite a família estava toda reunida em casa dos meus avós. Éramos uma família grande ,onde estavam os tos, os primos, os meus avós bisavó, e a madrinha Rosa!
A madrinha Rosa, era a matriarca da família, de que todos respeitávamos e gostávamos.
A casa era antiga e grande, a minha família, morava nos dois pisos que a casa tinha.
Nessa noite reuníamo-nos no andar de baixo, ou seja na grande cozinha que era a alma da casa.
Na chaminé com azulejos azuis e brancos e grandes traves de mármore branco, estava o enorme fogão de lenha, todo de ferro negro, com rebordos de metal que eram areados todas as semanas para ficarem brilhantes e bonito.
O fogão estava quase sempre aceso, engolindo todos os dias enormes quantidades de lenha que era armazenada na parte inferior da chaminé.
Mas naquela noite o fogão já estava apagado há algum tempo, para que o Menino pudesse realizar o seu milagre de Natal, pelas mãos magicas do meu tio Maximiano, que do telhado, a que tinha acesso, pudesse mandar os meus brinquedos pela chaminé abaixo, com todo o cuidado de um milagre de Natal.
Hoje tantos anos passados ainda sinto o amor e a magia que me rodeavam nesse dia .
Vejo-me pequena, muito pequena enroscada ao colo do meu pai.
Vejo os rostos sorridentes de todos os que ali estavam, que me amavam, e que eu amei.
Oiço ainda as exclamações de alegria e entusiasmos de cada vez que algum brinquedo descia da chaminé….
Lembro-me do calor aconchegante da família reunida no grande mesa com a toalha branca e a loiça melhor…
Lembro-me como estávamos quentes e confortáveis ali todos juntos…Só o pobre do tio Maximiano, estava gelado, mas feliz, com aquele sorriso grande que ele tinha, em cima do telhado fazendo o meu milagre de Natal!
Esta é a minha mais remota lembrança. A primeira sensação de existir, de ser eu.
Era noite de Natal, na grade cozinha da casa da minha infância, eu ao colo do meu pai, via deslumbrada, e um pouco assustada, os presentes a descerem magicamente da chaminé….
Era tanta coisa! Ou era eu que era tão pequena, que tudo aquilo me parecia um mundo…
Mas lembro-me até hoje de uma boneca, tão grande como eu!... e de um biberão minúsculo, com leite e tudo!...
Nessa noite a família estava toda reunida em casa dos meus avós. Éramos uma família grande ,onde estavam os tos, os primos, os meus avós bisavó, e a madrinha Rosa!
A madrinha Rosa, era a matriarca da família, de que todos respeitávamos e gostávamos.
A casa era antiga e grande, a minha família, morava nos dois pisos que a casa tinha.
Nessa noite reuníamo-nos no andar de baixo, ou seja na grande cozinha que era a alma da casa.
Na chaminé com azulejos azuis e brancos e grandes traves de mármore branco, estava o enorme fogão de lenha, todo de ferro negro, com rebordos de metal que eram areados todas as semanas para ficarem brilhantes e bonito.
O fogão estava quase sempre aceso, engolindo todos os dias enormes quantidades de lenha que era armazenada na parte inferior da chaminé.
Mas naquela noite o fogão já estava apagado há algum tempo, para que o Menino pudesse realizar o seu milagre de Natal, pelas mãos magicas do meu tio Maximiano, que do telhado, a que tinha acesso, pudesse mandar os meus brinquedos pela chaminé abaixo, com todo o cuidado de um milagre de Natal.
Hoje tantos anos passados ainda sinto o amor e a magia que me rodeavam nesse dia .
Vejo-me pequena, muito pequena enroscada ao colo do meu pai.
Vejo os rostos sorridentes de todos os que ali estavam, que me amavam, e que eu amei.
Oiço ainda as exclamações de alegria e entusiasmos de cada vez que algum brinquedo descia da chaminé….
Lembro-me do calor aconchegante da família reunida no grande mesa com a toalha branca e a loiça melhor…
Lembro-me como estávamos quentes e confortáveis ali todos juntos…Só o pobre do tio Maximiano, estava gelado, mas feliz, com aquele sorriso grande que ele tinha, em cima do telhado fazendo o meu milagre de Natal!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
SONHANDO
Apetece-me ficar aqui, ler um livro,
Olhar o nada...
Há um vazio sonoro nesta casa
De paredes brancas, onde as sombras
Dançam ao anoitecer...
Um pássaro canta lá fora...
Pego no livro, as palavras passam-me
Nos olhos sem sentido...
Os pensamentos voam, correm, caminham
Por tantos lugares... amontoam-se, enleiam-se...
Acordo deste torpor, o livro está aqui
Aberto na minha mão..
Mas o sonho voa alto, já não o consigo apanhar...
A tarde morre, guardo o livro,
E deixo-me sonhar....
Olhar o nada...
Há um vazio sonoro nesta casa
De paredes brancas, onde as sombras
Dançam ao anoitecer...
Um pássaro canta lá fora...
Pego no livro, as palavras passam-me
Nos olhos sem sentido...
Os pensamentos voam, correm, caminham
Por tantos lugares... amontoam-se, enleiam-se...
Acordo deste torpor, o livro está aqui
Aberto na minha mão..
Mas o sonho voa alto, já não o consigo apanhar...
A tarde morre, guardo o livro,
E deixo-me sonhar....
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
AMAR A VIDA
Como chove... São as primeiras chuvas...
A terra sêca bebe com ânsia e prazer.
A noite desce mais cedo,
As estrelas ficam do lado de lá...
A lua espreita por uma nesga
Entre as nuvens negras e pesadas.
A terra lava-se, e perfuma-se
Com todos os aromas.
Sacode os cabelos molhados, salpicando
Tudo á sua volta...
Aquele renque de árvores além
Balança docemente ao som da brisa,
Cantando melodias entre as folhas
Verdes e brilhantes...
Um gato vadio corre, a sua pressa
Não chega para ficar seco...
Abriga-se ali naquele portal,
Sacode-se e “lava-se” para secar
O pelo negro e liso cor da noite...
A terra alegra-se, e abre-se para ser
Fecundada por esta chuva abençoada.
A terra sêca bebe com ânsia e prazer.
A noite desce mais cedo,
As estrelas ficam do lado de lá...
A lua espreita por uma nesga
Entre as nuvens negras e pesadas.
A terra lava-se, e perfuma-se
Com todos os aromas.
Sacode os cabelos molhados, salpicando
Tudo á sua volta...
Aquele renque de árvores além
Balança docemente ao som da brisa,
Cantando melodias entre as folhas
Verdes e brilhantes...
Um gato vadio corre, a sua pressa
Não chega para ficar seco...
Abriga-se ali naquele portal,
Sacode-se e “lava-se” para secar
O pelo negro e liso cor da noite...
A terra alegra-se, e abre-se para ser
Fecundada por esta chuva abençoada.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
ANOITECER
Anoitece. Uma névoa fina vem do mar...
Sombras de caravelas passam por entre
Os fumos do tempo... são sonhos...
O cheiro a maresia liberta-se
Como um perfume ao anoitecer...
Um arrepio de frio cinzento
Toca-me o corpo.
Gaivotas perdidas gritam para espantar
As brumas, ou os medos...
O céu escurece aos poucos, a névoa fica mais fria...
As estrelas vão surgindo timidamente,
Curiosas por ver o mar. E enfeitar a noite...
É hora de nostalgia, o tempo pára, é magia...
E todas as perguntas se fazem á alma,
E todas as respostas são guardadas no coração...
Sombras de caravelas passam por entre
Os fumos do tempo... são sonhos...
O cheiro a maresia liberta-se
Como um perfume ao anoitecer...
Um arrepio de frio cinzento
Toca-me o corpo.
Gaivotas perdidas gritam para espantar
As brumas, ou os medos...
O céu escurece aos poucos, a névoa fica mais fria...
As estrelas vão surgindo timidamente,
Curiosas por ver o mar. E enfeitar a noite...
É hora de nostalgia, o tempo pára, é magia...
E todas as perguntas se fazem á alma,
E todas as respostas são guardadas no coração...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
MENINO SOL
Eis que finalmente vem a manhã.
A noite correu entre sonhos e pensares...
O sol com a cabeça molhada da chuva
Vem a correr, um pouco triste,
Amuado com as nuvens cinzentas
Que lhe tapam o caminho onde ele gosta de brincar...
Há poças de água no chão onde
O sol molha os pés.
Chapinha, brinca, como criança...
A brisa corre a arrastar as nuvens negras,
Cheias de fitas de chuva, para longe...
E o sol deita-se na terra
Refresca o seu corpo doirado,
Abençoa a natureza com o seu sorriso,
E já tarde farto de brincar, cansado,
Chama a noite para se deitar nos seus braços,
E dormir um sono descansado....
A noite correu entre sonhos e pensares...
O sol com a cabeça molhada da chuva
Vem a correr, um pouco triste,
Amuado com as nuvens cinzentas
Que lhe tapam o caminho onde ele gosta de brincar...
Há poças de água no chão onde
O sol molha os pés.
Chapinha, brinca, como criança...
A brisa corre a arrastar as nuvens negras,
Cheias de fitas de chuva, para longe...
E o sol deita-se na terra
Refresca o seu corpo doirado,
Abençoa a natureza com o seu sorriso,
E já tarde farto de brincar, cansado,
Chama a noite para se deitar nos seus braços,
E dormir um sono descansado....
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
A ALDEIA...
Perdida no tempo, a aldeia dorme entre pedras pisadas e arvores solitárias e tristes.
O tempo esqueceu este lugar, adormeceu ali.
Já não se ouvem risos, nem pés correndo apressados pelos velhos caminhos que correm pela aldeia, apenas uma tristeza saudosa e velha, guarda as portas das casas vazias, onde a lareira está fria, e já não conta historias.
Mas ali, no coração velho e cansado da aldeia, ergue-se a pequena igreja branca, onde Deus vem descansar sempre que precisa de paz…
O altar de talha de ouro ainda a brilhar entre os estragos do tempo, é gloriosamente humilde… Os anjos de cara redonda e corada continuam a sorrir na sua inocência de uma fé nunca perdida.
Na cruz bem no centro do altar um Cristo morre todos os dias…
No portal Santos de pedra talhada por mãos rudes guardam a entrada, com ar severo e triste…
Até os sinos perderam o seu alegre chamar… Já só tocam a dobrar…
A terra dorme, morre devagar…
O tempo esqueceu este lugar, adormeceu ali.
Já não se ouvem risos, nem pés correndo apressados pelos velhos caminhos que correm pela aldeia, apenas uma tristeza saudosa e velha, guarda as portas das casas vazias, onde a lareira está fria, e já não conta historias.
Mas ali, no coração velho e cansado da aldeia, ergue-se a pequena igreja branca, onde Deus vem descansar sempre que precisa de paz…
O altar de talha de ouro ainda a brilhar entre os estragos do tempo, é gloriosamente humilde… Os anjos de cara redonda e corada continuam a sorrir na sua inocência de uma fé nunca perdida.
Na cruz bem no centro do altar um Cristo morre todos os dias…
No portal Santos de pedra talhada por mãos rudes guardam a entrada, com ar severo e triste…
Até os sinos perderam o seu alegre chamar… Já só tocam a dobrar…
A terra dorme, morre devagar…
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
SONHAR
Chuvas pesadas caem lá fora.
Caem como espadas, cortinas do nada...
Doem na alma presa no acontecer do tempo.
Chove. Chove como se mais nada
O tempo tivesse para fazer...
Laminas de cristal tremeluzentes e obliquas ,
Caem tocadas pelo vento que vem de sul...
Quero pensar. Quero ver lá fora, mas a chuva...
Sonho aqui. Aqui onde sempre prendo os meus sonhos
Para depois os soltar numa manhã de sol.
Sonho com céus pintados de azul,
E mares revoltos de esperança,
Com o sol a rir as gargalhadas descaradas
No seu impudor...
Sonho, e de tal maneira me deixo levar,
Que já não chove, apenas o sol ainda não se apercebeu,
Porque talvez como eu esteja a sonhar....
Caem como espadas, cortinas do nada...
Doem na alma presa no acontecer do tempo.
Chove. Chove como se mais nada
O tempo tivesse para fazer...
Laminas de cristal tremeluzentes e obliquas ,
Caem tocadas pelo vento que vem de sul...
Quero pensar. Quero ver lá fora, mas a chuva...
Sonho aqui. Aqui onde sempre prendo os meus sonhos
Para depois os soltar numa manhã de sol.
Sonho com céus pintados de azul,
E mares revoltos de esperança,
Com o sol a rir as gargalhadas descaradas
No seu impudor...
Sonho, e de tal maneira me deixo levar,
Que já não chove, apenas o sol ainda não se apercebeu,
Porque talvez como eu esteja a sonhar....
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
GAIVOTA
Gaivota que voas sobre o mar,
Ensina-me a voar...
Leva-me dentro de ti, carrega-me pelo mundo...
Mostras-me outros mares, outras marés.
Faz de mim um marinheiro.
Faz-me sentir o cheiro a maresia...
Ensina-me a cortar o espaço,
A olhar com os teus olhos o céu...
A mergulhar nas ondas...
A planar no infinito...
A caminhar na areia..
Acorrer o céu sobre as traineiras.
A fugir à tempestade.
A gritar a liberdade...
Ensina-me a voar...
Leva-me dentro de ti, carrega-me pelo mundo...
Mostras-me outros mares, outras marés.
Faz de mim um marinheiro.
Faz-me sentir o cheiro a maresia...
Ensina-me a cortar o espaço,
A olhar com os teus olhos o céu...
A mergulhar nas ondas...
A planar no infinito...
A caminhar na areia..
Acorrer o céu sobre as traineiras.
A fugir à tempestade.
A gritar a liberdade...
terça-feira, 10 de novembro de 2009
NOITE!
Tantos sons abertos na noite...
Sílabas soltas saltando o muro do sono...
Falas roucas apertadas de desejo...
Rumores de vento correndo,
Arrastando pensamentos...
Músicas sem notas, palavras caladas...
Mãos agarrando o nada...
Frio que gela na alma...
Versos presos em beirais de agonia...
Risos abertos coalhados de ironia....
Fio fino e frágil tocando a vida...
Poemas loucos perdidos pelos caminhos...
Bruxas correndo em desalinho....
Noites de festa, de dor, de fantazia...
Noite sem nada, espera do dia.....
Sílabas soltas saltando o muro do sono...
Falas roucas apertadas de desejo...
Rumores de vento correndo,
Arrastando pensamentos...
Músicas sem notas, palavras caladas...
Mãos agarrando o nada...
Frio que gela na alma...
Versos presos em beirais de agonia...
Risos abertos coalhados de ironia....
Fio fino e frágil tocando a vida...
Poemas loucos perdidos pelos caminhos...
Bruxas correndo em desalinho....
Noites de festa, de dor, de fantazia...
Noite sem nada, espera do dia.....
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
POMBOS
Um bando de pombos abriu o ar
Soltando-se em desatino no seu bater de asas fortes.
Sobressalto-me sempre quando oiço
O seu levantar de voo marcando o tempo com uma
Certeza, uma verdade concreta, e simples...
Fico sempre aqui a olhá-los,
A vê-los nas voltas infinitas, desenhado
Formas mágicas que fecham a verdade da vida efémera,
Que é o seu tempo de estar.
Espero sempre a sua chegada,
Até que alguma coisa os volte a assustar de novo,
E eles me acordem com o barulho das suas asas,
Fazendo-me saltar o muro,
Que separa a vida do sonhar....
Soltando-se em desatino no seu bater de asas fortes.
Sobressalto-me sempre quando oiço
O seu levantar de voo marcando o tempo com uma
Certeza, uma verdade concreta, e simples...
Fico sempre aqui a olhá-los,
A vê-los nas voltas infinitas, desenhado
Formas mágicas que fecham a verdade da vida efémera,
Que é o seu tempo de estar.
Espero sempre a sua chegada,
Até que alguma coisa os volte a assustar de novo,
E eles me acordem com o barulho das suas asas,
Fazendo-me saltar o muro,
Que separa a vida do sonhar....
terça-feira, 3 de novembro de 2009
AMANDO....
Quando me toco, sinto-te…
Chaga aberta num corpo em cinzas.
Asas cortando em desespero…
Caminhos perdidos, imperceptivelmente,
Na fronteira do tudo e do nada…
Sangro dentro de mim,
Embriago-me em gestos, em actos,
Com que me quero salvar…
Toco-me e sinto-te como areia fina,
Cobrindo-me o corpo, desnudando-me, ferindo-me…
Em gritos de aves negras,
Em fúrias de tempestades…
Em rituais de ternura…
Reconheço-te quando me toco,
Nos espasmos de dor causada em mim…
Chaga aberta num corpo em cinzas.
Asas cortando em desespero…
Caminhos perdidos, imperceptivelmente,
Na fronteira do tudo e do nada…
Sangro dentro de mim,
Embriago-me em gestos, em actos,
Com que me quero salvar…
Toco-me e sinto-te como areia fina,
Cobrindo-me o corpo, desnudando-me, ferindo-me…
Em gritos de aves negras,
Em fúrias de tempestades…
Em rituais de ternura…
Reconheço-te quando me toco,
Nos espasmos de dor causada em mim…
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
MOMENTOS
Escrever do centro do poema.
Captar a onda de emoção...
Sentir a batida rítmica do coração...
Soltar as palavras ao vento, tira-las de dentro...
Criar miragens do futuro , linguagem liberta....
Criar oiro, soltar magma...
Falar com Deus, de uma forma enigmática...
Sintética... abstracta... inconcreta...
Ser aragem fria na madrugada,
Cometa de cauda facetada...
Pensamento livre, correndo em ruas de vitória.,
Com o sol quente do meio dia...
Raros fragmentos de glória,
Irrisórios momentos de alegria...
Captar a onda de emoção...
Sentir a batida rítmica do coração...
Soltar as palavras ao vento, tira-las de dentro...
Criar miragens do futuro , linguagem liberta....
Criar oiro, soltar magma...
Falar com Deus, de uma forma enigmática...
Sintética... abstracta... inconcreta...
Ser aragem fria na madrugada,
Cometa de cauda facetada...
Pensamento livre, correndo em ruas de vitória.,
Com o sol quente do meio dia...
Raros fragmentos de glória,
Irrisórios momentos de alegria...
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
VICTÓRIA
Parei em frente daquela Vitória...
O vento em suas vestes moldava-lhe o corpo...
Sugerindo seus joelhos torneados...
Seus seios sonhados, esculpidos,
Gritavam desejos, não contidos, ansiados...
Seus braços abertos eram a procura do mistério...
Eram o grito que a boca não tinha...
No rosto de pedra a vida jazia,
Perdida no Paternan da saudade...
Com suas asas abertas, sugerindo liberdade...
Ela a Vitória alada, presa na pedra morria...
Estaticamente, senti-a inacabada...
Faltava-lhe o sopro... a chama...
A vida asfixiada dentro da pedra de onde foi talhada...
O vento em suas vestes moldava-lhe o corpo...
Sugerindo seus joelhos torneados...
Seus seios sonhados, esculpidos,
Gritavam desejos, não contidos, ansiados...
Seus braços abertos eram a procura do mistério...
Eram o grito que a boca não tinha...
No rosto de pedra a vida jazia,
Perdida no Paternan da saudade...
Com suas asas abertas, sugerindo liberdade...
Ela a Vitória alada, presa na pedra morria...
Estaticamente, senti-a inacabada...
Faltava-lhe o sopro... a chama...
A vida asfixiada dentro da pedra de onde foi talhada...
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Abri a janela, o dia estava lá á minha espera,
Cinzento, tristonho, mas menino.
Brincava com os pés descalços,
Nas poças de lama, que a chuva tinha deixado ,
No noite em que ele dormia....
É Inverno, o frio entra pela casa,
Corre-a como se soube-se todos os locais...
Poisa em mim, não me deixa pensar...
Lá fora o vento brinca ,
Correndo com ele á desfilada,
Crescem ambos em sintonia...
A manhã já vai longe, é Dia!
Já não brinca, passa.
Passa como o vento com quem corria...
Fecho a janela, já não é nada..
Cinzento, tristonho, mas menino.
Brincava com os pés descalços,
Nas poças de lama, que a chuva tinha deixado ,
No noite em que ele dormia....
É Inverno, o frio entra pela casa,
Corre-a como se soube-se todos os locais...
Poisa em mim, não me deixa pensar...
Lá fora o vento brinca ,
Correndo com ele á desfilada,
Crescem ambos em sintonia...
A manhã já vai longe, é Dia!
Já não brinca, passa.
Passa como o vento com quem corria...
Fecho a janela, já não é nada..
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
TRITEZA
Estou triste... Triste... nem sei porquê ...
A alma adensa-se na noite,
Une-se a ela, chora, mas porque chora não sei...
Será algum vago pressentimento?
Será o rumor do vento além,
Que me lembra algum passado,
Alguma dor mal curada?...
Não sei!..
A tristeza que tenho é congénita,
Como uma doença má...
Nasceu comigo, que fazer?
Deixo que a noite caminhe,
Que espere o sol da manhã,
Quem sabe, talvez a tristeza não passe
De uma palavra vã....
A alma adensa-se na noite,
Une-se a ela, chora, mas porque chora não sei...
Será algum vago pressentimento?
Será o rumor do vento além,
Que me lembra algum passado,
Alguma dor mal curada?...
Não sei!..
A tristeza que tenho é congénita,
Como uma doença má...
Nasceu comigo, que fazer?
Deixo que a noite caminhe,
Que espere o sol da manhã,
Quem sabe, talvez a tristeza não passe
De uma palavra vã....
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
GÊLO´NOS BEIRAIS....
Há gelo preso nos beirais....
O sol mora ao longe, a tempestade agita o tempo,
O frio grita gélido, entre a madrugada,
E o dia que aí vem...
Os pássaros calam-se,
Os gatos procuram o calor mutuo,
Enrolando-se entre si , como certas voltas da vida....
Há gelo dentro de mim...
Nem sol, nem riso, apenas uma indiferença do tempo,
Um devaneio perdido, sem rumo nem sentido...
Que falta me faz o sol!...
Aquele que brilha magico através do tempo sem tempo...
Mas o outro... A palavra, o carinho, o toque de um sorriso,
O preencher da emoção...
Uma simples lembrança, a certeza da existência,
Da reciprocidade, da verdade,
Do calor que adevem do amor...
Esse que tanto procuro,
Perde-se no ocaso da vida, cinzento e frio
Como o gelo que gela nos beirais…
O sol mora ao longe, a tempestade agita o tempo,
O frio grita gélido, entre a madrugada,
E o dia que aí vem...
Os pássaros calam-se,
Os gatos procuram o calor mutuo,
Enrolando-se entre si , como certas voltas da vida....
Há gelo dentro de mim...
Nem sol, nem riso, apenas uma indiferença do tempo,
Um devaneio perdido, sem rumo nem sentido...
Que falta me faz o sol!...
Aquele que brilha magico através do tempo sem tempo...
Mas o outro... A palavra, o carinho, o toque de um sorriso,
O preencher da emoção...
Uma simples lembrança, a certeza da existência,
Da reciprocidade, da verdade,
Do calor que adevem do amor...
Esse que tanto procuro,
Perde-se no ocaso da vida, cinzento e frio
Como o gelo que gela nos beirais…
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
ESPERAR
Esperar. Esperar na negrura da noite,
Na impaciência do sentir.
Os meus passos correm por caminhos que
Levam a todo o lado...
Ruas desertas gritam de solidão...
Luzes veladas espreitam as esquinas
Dos medos arraigados no coração...
Cânticos loucos ferem o ar,
Rasgando a calma absurda e fantástica da noite
Que adormece nos braços do tempo.
Esperar, o que não quero, nem sei...
Esperar, com gritos, com revoltas,
Com remoinhos de dor...
Correr, fugir, deixar o tempo entrar em mim,
Sair daqui, não esperar, não querer,
Apenas sonhar, perder-me, não acordar....
Na impaciência do sentir.
Os meus passos correm por caminhos que
Levam a todo o lado...
Ruas desertas gritam de solidão...
Luzes veladas espreitam as esquinas
Dos medos arraigados no coração...
Cânticos loucos ferem o ar,
Rasgando a calma absurda e fantástica da noite
Que adormece nos braços do tempo.
Esperar, o que não quero, nem sei...
Esperar, com gritos, com revoltas,
Com remoinhos de dor...
Correr, fugir, deixar o tempo entrar em mim,
Sair daqui, não esperar, não querer,
Apenas sonhar, perder-me, não acordar....
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
NEVOEIRO DE ESPERANÇA
Há sempre um nevoeiro!
Há sempre um marinheiro!
Há sempre um Sebastião....
Nos nevoeiros opacos densos me escondi,
Gritei ao vento, á tempestade,
Corri o mundo levei alma de marinheiro...
Ganhei... e perdi...
Em terra de Prestes João aprendi.
Aprendi a fé nos homens e em Deus...
Mas esqueci. Talvez porque Prestes João não vi...
Mas vi Sebastião...
Vi a barca, vi a esperança,
Vi o sorriso e o sonho a baloiçar nas mares...
Rios de vida correram em meu corpo.
Forças desumanas soltaram-se em minha alma...
Sebastião sim, mais que Prestes João
Não é lenda é verdade,
É a força de perder para ganhar a liberdade!
Há sempre um marinheiro!
Há sempre um Sebastião....
Nos nevoeiros opacos densos me escondi,
Gritei ao vento, á tempestade,
Corri o mundo levei alma de marinheiro...
Ganhei... e perdi...
Em terra de Prestes João aprendi.
Aprendi a fé nos homens e em Deus...
Mas esqueci. Talvez porque Prestes João não vi...
Mas vi Sebastião...
Vi a barca, vi a esperança,
Vi o sorriso e o sonho a baloiçar nas mares...
Rios de vida correram em meu corpo.
Forças desumanas soltaram-se em minha alma...
Sebastião sim, mais que Prestes João
Não é lenda é verdade,
É a força de perder para ganhar a liberdade!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
TANTOS DEUSES...
Tantos Deuses! Deuses grandes e pequenos,
Mal amados, confundidos, escondidos,
Entre esperanças e certezas,
Entre crenças e descrenças...
Tantos Deuses existindo por aí,
Senhores absolutos do absurdo da vida
Nada são, mitos apenas , Deuses pequenos
Que de tão pequenos já nem em si próprios crêem....
Mas são Deuses... Deuses falsos de vidro colorido,
De pinturas abstractas, de imaginações baratas...
Deuses esquecidos no tempo do Olimpo,
Nas terras Celtas, Maias Egípcias...
Deuses arrogantes, castrantes,
Senhores humanos poderosos e mortais...
Tantos Deuses, esquecidos, renascidos,
Um infindar...
Porem, só um, um apenas, o meu coração
Me deixa acreditar!....
Mal amados, confundidos, escondidos,
Entre esperanças e certezas,
Entre crenças e descrenças...
Tantos Deuses existindo por aí,
Senhores absolutos do absurdo da vida
Nada são, mitos apenas , Deuses pequenos
Que de tão pequenos já nem em si próprios crêem....
Mas são Deuses... Deuses falsos de vidro colorido,
De pinturas abstractas, de imaginações baratas...
Deuses esquecidos no tempo do Olimpo,
Nas terras Celtas, Maias Egípcias...
Deuses arrogantes, castrantes,
Senhores humanos poderosos e mortais...
Tantos Deuses, esquecidos, renascidos,
Um infindar...
Porem, só um, um apenas, o meu coração
Me deixa acreditar!....
sábado, 17 de outubro de 2009
PENSANDO EM TI
Lentamente abro as cortinas da janela,
Que dá lá para fora. O sol bate no muro branco,
As sombras das arvores dançam na sua brancura...
O céu está imensamente azul,
Um par de rolas namoram além...
E eu fico aqui olhando o nada,
Pensando em ti...
Penso em palavras que dissemos,
E outras escondidas nas metades das que não dissemos...
Penso em risos, e olhos a brilhar...
Em ficarmos parados, calados,
Como que a definir sentimentos,
A criar uma corrente que atravessa
Os nossos pensamentos...
Depois, falamos e lembramos tempos, coisas...
Fico aqui a ver o sol, e as folhas das arvores
Desenharem sombras, no muro branco...
E perco-me na memória do tempo, e em ti....
Que dá lá para fora. O sol bate no muro branco,
As sombras das arvores dançam na sua brancura...
O céu está imensamente azul,
Um par de rolas namoram além...
E eu fico aqui olhando o nada,
Pensando em ti...
Penso em palavras que dissemos,
E outras escondidas nas metades das que não dissemos...
Penso em risos, e olhos a brilhar...
Em ficarmos parados, calados,
Como que a definir sentimentos,
A criar uma corrente que atravessa
Os nossos pensamentos...
Depois, falamos e lembramos tempos, coisas...
Fico aqui a ver o sol, e as folhas das arvores
Desenharem sombras, no muro branco...
E perco-me na memória do tempo, e em ti....
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
entre o sonho e a razão
Entre sentir e razão ,
Entre sonho e inteligência,
Meu coração cavalga no tempo,
Minha razão pára na eternidade.
Ser inteligente, pensar friamente,
Analisar toda a anatomia do sentir.
Dissecar cada fibra, cada nervo, de um coração
Que bate pela razão de bater...
Mas libertar o sonho, a poesia,
Criar a vida com toques de cor,
Com génio de escultor...
Sentir sem razão os novelos da emoção
Enleados em duvidas... em não certezas...
Mas que importância tem?
O por do sol já sombreia a terra,
O coração da razão sabe que está a acontecer,
O processo normal do sistema solar,
Certeza, verdade, ciência...
Mas o outro coração, o dos poetas,
Dos que sonham, é magia é ritual secreto,
Colorido, é milagre de alquimista
Transformando o céu, o poente em ouro!
Entre a razão, e o coração,
Fico aqui perdida na imensidão
Da beleza que a minha inteligência sagra....
E o meu sonho realiza!...
Entre sonho e inteligência,
Meu coração cavalga no tempo,
Minha razão pára na eternidade.
Ser inteligente, pensar friamente,
Analisar toda a anatomia do sentir.
Dissecar cada fibra, cada nervo, de um coração
Que bate pela razão de bater...
Mas libertar o sonho, a poesia,
Criar a vida com toques de cor,
Com génio de escultor...
Sentir sem razão os novelos da emoção
Enleados em duvidas... em não certezas...
Mas que importância tem?
O por do sol já sombreia a terra,
O coração da razão sabe que está a acontecer,
O processo normal do sistema solar,
Certeza, verdade, ciência...
Mas o outro coração, o dos poetas,
Dos que sonham, é magia é ritual secreto,
Colorido, é milagre de alquimista
Transformando o céu, o poente em ouro!
Entre a razão, e o coração,
Fico aqui perdida na imensidão
Da beleza que a minha inteligência sagra....
E o meu sonho realiza!...
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
VAZIO
Uma musica perde-se no ar...
Não sei se melodia ou poema...
Inconsciência e lucidez, é o momento
Em que me sento e escrevo...
A musica faz apenas parte do momento...
Perde-se sem pena no ar...
A luz vem da janela aberta,
Luz apenas, sem cores nem sentidos...
Hoje nada tem sentido,
Nada marca o seu lugar,
Nem o sorriso, nem a lagrima...
É apenas um dia que passa devagar...
Não sei se melodia ou poema...
Inconsciência e lucidez, é o momento
Em que me sento e escrevo...
A musica faz apenas parte do momento...
Perde-se sem pena no ar...
A luz vem da janela aberta,
Luz apenas, sem cores nem sentidos...
Hoje nada tem sentido,
Nada marca o seu lugar,
Nem o sorriso, nem a lagrima...
É apenas um dia que passa devagar...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
SOLIDÃO
A luz do dia já não se demora,
A noite trás sombras que crescem
No abandono de uma casa vazia...
Por detrás de cada porta,
Há um grito ausente que se levanta
Quando me sento aqui a recordar,
A pensar, a sentir as marcas do passado,
E da sua ausência...
Corro a casa. Em cada canto,
Em cada aresta, há memórias
Entranhadas que doem, mas são já um habito...
Há estilhaços de sonhos caídos
Por todo o chão...
Há murmúrios antigos de solidão...
A casa está fria... A noite chegou,
Engoliu todas as sombras,
Deixando uma enorme escuridão..
A noite trás sombras que crescem
No abandono de uma casa vazia...
Por detrás de cada porta,
Há um grito ausente que se levanta
Quando me sento aqui a recordar,
A pensar, a sentir as marcas do passado,
E da sua ausência...
Corro a casa. Em cada canto,
Em cada aresta, há memórias
Entranhadas que doem, mas são já um habito...
Há estilhaços de sonhos caídos
Por todo o chão...
Há murmúrios antigos de solidão...
A casa está fria... A noite chegou,
Engoliu todas as sombras,
Deixando uma enorme escuridão..
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
POEMAS DO DESERTO
Há poemas escritos nas areias dos desertos,
Que o vento arrasta na sua dança entre as dunas.
Nómadas senhores, trazem na alma,
Tatuada a cantiga das tempestades ensolaradas,
Em campos doirados tocados pelos dedos
Longos dos Deuses do deserto,
O sol dança com as sombras projectadas
Nesse chão macio e irregular.
A terra arde entre o nada, e o céu explode de azul....
O ocaso transforma a terra,
E o poema nasce ali onde o vento canta,
E o horizonte não tem fim....
Que o vento arrasta na sua dança entre as dunas.
Nómadas senhores, trazem na alma,
Tatuada a cantiga das tempestades ensolaradas,
Em campos doirados tocados pelos dedos
Longos dos Deuses do deserto,
O sol dança com as sombras projectadas
Nesse chão macio e irregular.
A terra arde entre o nada, e o céu explode de azul....
O ocaso transforma a terra,
E o poema nasce ali onde o vento canta,
E o horizonte não tem fim....
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
LENDA
Há um vento sibilante entre as fragas.
As ondas trazem consigo as algas
Verdes que se espalham pela praia.
Olhando o mar, sento-me aqui e espero.
Espero como Penelope esperou Ulisses,
Tecendo o manto de palavras não proferidas, adiadas...
O sol caminha para o ocaso,
Nostalgicamente belo, esplendoroso...
O dia caminha para a noite, e eu, como Penelope,
Desfaço o manto de palavras que urdi
Neste dia que chega ao fim.
Amanhã, recomeçarei, e noutro dia,
E noutro , infinitamente…
Com os olhos presos no horizonte da vida,
Esperando acabar de tecer este manto
De palavras, para um dia te oferecer...
As ondas trazem consigo as algas
Verdes que se espalham pela praia.
Olhando o mar, sento-me aqui e espero.
Espero como Penelope esperou Ulisses,
Tecendo o manto de palavras não proferidas, adiadas...
O sol caminha para o ocaso,
Nostalgicamente belo, esplendoroso...
O dia caminha para a noite, e eu, como Penelope,
Desfaço o manto de palavras que urdi
Neste dia que chega ao fim.
Amanhã, recomeçarei, e noutro dia,
E noutro , infinitamente…
Com os olhos presos no horizonte da vida,
Esperando acabar de tecer este manto
De palavras, para um dia te oferecer...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
AQUELE CRISTO...
Mãos moldaram-lhe o corpo,
A alma deu-lhe vida, sofrimento, dor...
Aquele Cristo traz nele, o grito silencioso,
De todos nós. Nós crentes,
Nós que ás vezes descremos...
No seu corpo tosco, retorcido,
A alma voa á flor da pele...
Sinto o seu olhar no rosto sem forma.
Mas que importa a forma, o rosto, o corpo?
Ele está ali, inteiro, sofrendo, amando,
Ansiando para que alguém pare...
Para que sinta a sua dor...
O seu supremo sacrifício...
Mas de tão ocupados
Em o crucificar, com palavras,
Ódios, guerras, fome. destruição...
Não temos tempo para o olhar, para amar...
Para ver que afinal ELE é apenas nosso irmão...
A alma deu-lhe vida, sofrimento, dor...
Aquele Cristo traz nele, o grito silencioso,
De todos nós. Nós crentes,
Nós que ás vezes descremos...
No seu corpo tosco, retorcido,
A alma voa á flor da pele...
Sinto o seu olhar no rosto sem forma.
Mas que importa a forma, o rosto, o corpo?
Ele está ali, inteiro, sofrendo, amando,
Ansiando para que alguém pare...
Para que sinta a sua dor...
O seu supremo sacrifício...
Mas de tão ocupados
Em o crucificar, com palavras,
Ódios, guerras, fome. destruição...
Não temos tempo para o olhar, para amar...
Para ver que afinal ELE é apenas nosso irmão...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
EXISTINDO
Sinto-me existindo em cada palavra, em cada olhar.
Sinto-me na consciência do meu ser.
Sinto-me dolorosamente, amargamente...
Sinto-me na ilusão da vida ,na certeza da morte.
Sinto-me no recordar incerto do sonho.
Sinto-me ao amanhecer, quando a noite se apaga,
E o dia se acende...
Sinto-me na hora calma do anoitecer...
Sinto-me no vento que traz todos os segredos,
Espalhados ao acaso por esta vida meio vivida...
Sinto-me quando me quero encontrar,
E quando me quero esquecer.
Sinto-me quando adormeço na sombra
Do meu eu, e me esqueço de viver...
Sinto-me na consciência do meu ser.
Sinto-me dolorosamente, amargamente...
Sinto-me na ilusão da vida ,na certeza da morte.
Sinto-me no recordar incerto do sonho.
Sinto-me ao amanhecer, quando a noite se apaga,
E o dia se acende...
Sinto-me na hora calma do anoitecer...
Sinto-me no vento que traz todos os segredos,
Espalhados ao acaso por esta vida meio vivida...
Sinto-me quando me quero encontrar,
E quando me quero esquecer.
Sinto-me quando adormeço na sombra
Do meu eu, e me esqueço de viver...
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Pôr do sol
Mil cores enfeitam o céu,
O vermelho poente rasgando o azul
Com laivos que o vento espalhou...
Cai a noite rapidamente, tudo muda,
Escurecem os raios vermelhos, esbatem-se,
Uniformizam-se...
Por de sol de Inverno...
O sonho e a nostalgia prendem-se a nós...
O frio invade a casa...
Será só o Inverno? Ou serei também eu?
Fecho os olhos, procuro na retina da memória
As cores que há pouco cobriam o céu.
Visto o pensamento de calma,
De espera do amanhã...
E sorrio dentro de mim, só para mim,
Onde o sol ainda se encendeia,
E o céu é sempre azul...
O vermelho poente rasgando o azul
Com laivos que o vento espalhou...
Cai a noite rapidamente, tudo muda,
Escurecem os raios vermelhos, esbatem-se,
Uniformizam-se...
Por de sol de Inverno...
O sonho e a nostalgia prendem-se a nós...
O frio invade a casa...
Será só o Inverno? Ou serei também eu?
Fecho os olhos, procuro na retina da memória
As cores que há pouco cobriam o céu.
Visto o pensamento de calma,
De espera do amanhã...
E sorrio dentro de mim, só para mim,
Onde o sol ainda se encendeia,
E o céu é sempre azul...
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
pelos caminhos do Douro
Pelos socalcos da serra ,
Desce o tempo em desalinho.
Acossado pelo vento que sopra na branquidão do dia....
Paisagem decalcada sobre paisagem.
Cores vivas e agrestes correm ao longo dos caminhos
Que levam a eterna fragrância da natureza viva.
Ribeiros de gelo cortam como laminas
De aço brilhante e duro,
O pensamento dos poetas que se debruçam
Sobre o tempo de criar...
A serra recorta o horizonte,
Onde perco meus momentos de êxtase e solidão...
Os Deuses talharam com cinzel
A mais bela e abrupta paisagem.
Vinho como sangue corre pelos
Tempos sem tempo... eternamente....
Eis o Douro caminho que leva
Ao céu da poesia, fria, áspera,
Com arestas cortantes...
Como a vida vivida aqui entre vinhas e pisares...
Entre sonhos e acordares...
Desce o tempo em desalinho.
Acossado pelo vento que sopra na branquidão do dia....
Paisagem decalcada sobre paisagem.
Cores vivas e agrestes correm ao longo dos caminhos
Que levam a eterna fragrância da natureza viva.
Ribeiros de gelo cortam como laminas
De aço brilhante e duro,
O pensamento dos poetas que se debruçam
Sobre o tempo de criar...
A serra recorta o horizonte,
Onde perco meus momentos de êxtase e solidão...
Os Deuses talharam com cinzel
A mais bela e abrupta paisagem.
Vinho como sangue corre pelos
Tempos sem tempo... eternamente....
Eis o Douro caminho que leva
Ao céu da poesia, fria, áspera,
Com arestas cortantes...
Como a vida vivida aqui entre vinhas e pisares...
Entre sonhos e acordares...
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
DEVAGAR
Devagar, a vida caminha ás vezes devagar....
Outras corre num alvoroço desenfreado,
Levando na frente a calma beleza do anoitecer...
Paro aqui nesta janela que viro
Para dentro de mim.
Corro labirintos de memórias,
Lembro gestos, actos como se fosse
A primeira vez...
Há uma calma desordenada dentro de mim,
Há barcos que partem mar dentro,
Há rios mágicos que vêm do sul
De onde as pirâmides se miram,
Onde lendas falam de Deuses...
Isís, Osirís, Horus Seth...
O grande sacerdote pontifica
Á cerimonia matinal...
A íbis pássaro do Nilo,
Paira sobre maciços de papiros...
Á sombra da acácia,
Ramsés senhor, Deus, Rá todo poderoso,
Descansa , sonha, e introduz-se em minha alma...
E eu fico aqui a sonhar a ver o tempo passar...
Devagar... Devagar....
Outras corre num alvoroço desenfreado,
Levando na frente a calma beleza do anoitecer...
Paro aqui nesta janela que viro
Para dentro de mim.
Corro labirintos de memórias,
Lembro gestos, actos como se fosse
A primeira vez...
Há uma calma desordenada dentro de mim,
Há barcos que partem mar dentro,
Há rios mágicos que vêm do sul
De onde as pirâmides se miram,
Onde lendas falam de Deuses...
Isís, Osirís, Horus Seth...
O grande sacerdote pontifica
Á cerimonia matinal...
A íbis pássaro do Nilo,
Paira sobre maciços de papiros...
Á sombra da acácia,
Ramsés senhor, Deus, Rá todo poderoso,
Descansa , sonha, e introduz-se em minha alma...
E eu fico aqui a sonhar a ver o tempo passar...
Devagar... Devagar....
terça-feira, 22 de setembro de 2009
CANTICOS GREGORIANOS
A musica toca ,mistérios gregorianos...
Nem religiosos, nem profanos...
Humanos, com suas imperfeições,
Por isso tão belo, tão transcendente...
Há rios do céu que correm na terra.
Há luzes e penumbras, rituais secretos .
Claustros onde a sabedoria corre,
Em livros antigos, em saberes, erudições...
Mas... Ai... O monge mais novo sorri!...
E a musica deixa de atingir o céu,
Corre aqui na terra, leva-nos pela mão,
Abre-nos o mundo com janelas
De par em par...
Deus está aqui. Verdadeiro igual a mim.
Nesta musica espiritual,
Mas tocando o corpo no sorriso
Do Irmão mais novo do coral!...
Nem religiosos, nem profanos...
Humanos, com suas imperfeições,
Por isso tão belo, tão transcendente...
Há rios do céu que correm na terra.
Há luzes e penumbras, rituais secretos .
Claustros onde a sabedoria corre,
Em livros antigos, em saberes, erudições...
Mas... Ai... O monge mais novo sorri!...
E a musica deixa de atingir o céu,
Corre aqui na terra, leva-nos pela mão,
Abre-nos o mundo com janelas
De par em par...
Deus está aqui. Verdadeiro igual a mim.
Nesta musica espiritual,
Mas tocando o corpo no sorriso
Do Irmão mais novo do coral!...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
sem titulo
Corri em busca de nada,
Oiço os rumores do tempo.
Como senhora, antiga, trago meus segredos,
Meus ocultos, meus saberes...
Há povos mágicos nas ilhas da imaginação...
Rituais de crenças entre neblinas
Do passado, que trazem restos de futuro...
Em florestas de doendes me perdi ,
Me encantaram, e te achei...
Achei-te como uma dadiva dos Deuses,
Que de tanto se descrerem, se tornaram pagãos...
Mas eu creio, creio no real,
No que tenho em minhas mãos.
Creio na prece, na oração.
Creio no Deus verdadeiro,
Que crê em mim, Que me moldou,
Que me deu alma, e me ensinou
Todos os velhos segredos,
das memórias do passado que passou...
Oiço os rumores do tempo.
Como senhora, antiga, trago meus segredos,
Meus ocultos, meus saberes...
Há povos mágicos nas ilhas da imaginação...
Rituais de crenças entre neblinas
Do passado, que trazem restos de futuro...
Em florestas de doendes me perdi ,
Me encantaram, e te achei...
Achei-te como uma dadiva dos Deuses,
Que de tanto se descrerem, se tornaram pagãos...
Mas eu creio, creio no real,
No que tenho em minhas mãos.
Creio na prece, na oração.
Creio no Deus verdadeiro,
Que crê em mim, Que me moldou,
Que me deu alma, e me ensinou
Todos os velhos segredos,
das memórias do passado que passou...
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
VENTO DO DESERTO
Os ventos do deserto sopram fortes,
Espalhando as areias no caos dos silêncios...
Gritam fúrias antigas...
Trazem do passado, caravanas perdidas
Nas especiarias dos tempos idos...
Ouvem-se tristes canções,
E o tilintar das pulseiras que as mulheres
Das areias usam para se prender,
Para se escravizar...
O sol estende-se e rebola-se nas dunas,
Onde já foi mar,
Onde se afogaram todos os sentidos,
Todos os tempos idos...
Espalhando as areias no caos dos silêncios...
Gritam fúrias antigas...
Trazem do passado, caravanas perdidas
Nas especiarias dos tempos idos...
Ouvem-se tristes canções,
E o tilintar das pulseiras que as mulheres
Das areias usam para se prender,
Para se escravizar...
O sol estende-se e rebola-se nas dunas,
Onde já foi mar,
Onde se afogaram todos os sentidos,
Todos os tempos idos...
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
PECADO ORIGINAL
Mordo a maçã voluptuosamente...
Trago no seu sabor, o sabor da tentação...
Doce, perfumada,
Com o misticismo do pecado...
Olho-a de uma vulgar beleza,
Entre oiro, e o vermelho por do sol...
De uma forma anatómicamente redonda,
Cabendo na minha mão...
Trás no seu sabor restos de Verão...
O seu perfume único lembram-me
Casas velhas da aldeia...
Deixo-me levar pelo sabor,
Pelo aroma, e invento. ou lembro historias...
Guilherme Tell... Avalon...
Mas mais que isso é a realidade
De ter esta maçã fisicamente
Na minha mão...
Perfumada... suculenta... real.
Como real foi a historia do pecado original ...
Trago no seu sabor, o sabor da tentação...
Doce, perfumada,
Com o misticismo do pecado...
Olho-a de uma vulgar beleza,
Entre oiro, e o vermelho por do sol...
De uma forma anatómicamente redonda,
Cabendo na minha mão...
Trás no seu sabor restos de Verão...
O seu perfume único lembram-me
Casas velhas da aldeia...
Deixo-me levar pelo sabor,
Pelo aroma, e invento. ou lembro historias...
Guilherme Tell... Avalon...
Mas mais que isso é a realidade
De ter esta maçã fisicamente
Na minha mão...
Perfumada... suculenta... real.
Como real foi a historia do pecado original ...
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Caminhei pelas praias do mundo,
Areias selvagens se abriram a meus pés...
Mares de tempestade enfrentei.
Gritei gritos altos nas galés...
Meu corpo sofreu mil mortes,
Mas de todas elas regressei...
Caminhei por tanto lado...
Devotadamente rezei .
Rezei ao senhor do tempo e tempestade...
A Deus todo poderoso Senhor de toda a vontade...
Nas rotas do Oriente me perdi...
Fui visionário, sonhador...
Verdes palmeiras, peles negras de setin...
Cânticos a Deuses distantes
Deslumbraram-me... entendi...
Com ventos sonoros aprendi,
A vida... o efémero... o nada....
Areias selvagens se abriram a meus pés...
Mares de tempestade enfrentei.
Gritei gritos altos nas galés...
Meu corpo sofreu mil mortes,
Mas de todas elas regressei...
Caminhei por tanto lado...
Devotadamente rezei .
Rezei ao senhor do tempo e tempestade...
A Deus todo poderoso Senhor de toda a vontade...
Nas rotas do Oriente me perdi...
Fui visionário, sonhador...
Verdes palmeiras, peles negras de setin...
Cânticos a Deuses distantes
Deslumbraram-me... entendi...
Com ventos sonoros aprendi,
A vida... o efémero... o nada....
terça-feira, 15 de setembro de 2009
magia celta
Cânticos celtas soltam-se pela casa,
Delicada harmonia entre palavras e notas.
A harpa chilreia sua musica.
Dedos longos, brancos, ágeis
Voam nas cordas verticais...
Como chuva continua, as notas soltam-se pelo ar....
Imagino bardos e druidas
Estórias de encantar...
Reis e guerreiros , míticos senhores intemporais....
Artur... Lancelote... Geneviviere...távola. redonda...
Magia, sabedoria... Avalon...
Senhoras do crescente, túnicas azuis
Como o céu onde a Deusa Terra,
Senhora presente em todos os rituais...
Cheiro a maçã vem da ilha mais
Misteriosa e perdida na imaginação.
Magos senhores do poder,
Merlin, Taliesin, e outros mais...
A musica conta-me tudo
O que a imaginação quiser,
Lendas, mitos, verdades ,ou não...
Apenas em mim está o poder de crer.
Delicada harmonia entre palavras e notas.
A harpa chilreia sua musica.
Dedos longos, brancos, ágeis
Voam nas cordas verticais...
Como chuva continua, as notas soltam-se pelo ar....
Imagino bardos e druidas
Estórias de encantar...
Reis e guerreiros , míticos senhores intemporais....
Artur... Lancelote... Geneviviere...távola. redonda...
Magia, sabedoria... Avalon...
Senhoras do crescente, túnicas azuis
Como o céu onde a Deusa Terra,
Senhora presente em todos os rituais...
Cheiro a maçã vem da ilha mais
Misteriosa e perdida na imaginação.
Magos senhores do poder,
Merlin, Taliesin, e outros mais...
A musica conta-me tudo
O que a imaginação quiser,
Lendas, mitos, verdades ,ou não...
Apenas em mim está o poder de crer.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
pensamentos
Fugindo da futilidade do sonho, encaro a realidade sem misticismos, ou contemplações...
Sonho porque sonho, sem outra razão que não seja enganar a realidade...
Friamente analiso momentos, não lhes dando mais valor que distração intima...
No entanto, há momentos, muitos momentos, em que o sonho é alimento precioso da alma, necessário á vida....
EU PROPRIA CIRCE
Sonho porque sonho, sem outra razão que não seja enganar a realidade...
Friamente analiso momentos, não lhes dando mais valor que distração intima...
No entanto, há momentos, muitos momentos, em que o sonho é alimento precioso da alma, necessário á vida....
EU PROPRIA CIRCE
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Com risos serenos lembro-me de ti.
Lembro-me da tua voz, do teu olhar..
Sento-me aqui, e deixo-me levar
Pela brisa suave do pensamento...
Trago-te até mim,
Invento-te ou recrio-te...
As palavras correm da minha boca,
Tocam-te na madrugada
Do dia que há-de vir...
O meu riso é como a minha alma,
Sereno e transparente, como água
De uma cascata, como um cristal puro...
Estás aqui onde eu te imagino,
Soltando o teu riso que só eu sei captar...
Envolvemo-nos em gargalhadas,
O sol brilha nos nossos olhos,
Com a força da vida que
Ainda corre em nós...
Lembro-me da tua voz, do teu olhar..
Sento-me aqui, e deixo-me levar
Pela brisa suave do pensamento...
Trago-te até mim,
Invento-te ou recrio-te...
As palavras correm da minha boca,
Tocam-te na madrugada
Do dia que há-de vir...
O meu riso é como a minha alma,
Sereno e transparente, como água
De uma cascata, como um cristal puro...
Estás aqui onde eu te imagino,
Soltando o teu riso que só eu sei captar...
Envolvemo-nos em gargalhadas,
O sol brilha nos nossos olhos,
Com a força da vida que
Ainda corre em nós...
pensamentos
Não preciso de um amigo que obedeça aos meus caprichos ou siga os meus passos; isso faz, e muito melhor a minha sombra...
PLUTARCO
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
ALMADA NEGREIROS
PLUTARCO
Mãe! passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
ALMADA NEGREIROS
partir
Vontade de partir, ir para além desta terra.
Caminhar em outras areias, ver outras paisagens,
Sentir os cheiros característicos de todos os lugares,
Partir como quem sonha, desvendar mistérios,
Lendas, estórias,
Ver o pôr do sol em todos os horizontes,
Ouvir outras falas, conhecer outras gentes.
Mas estou aqui, sentindo o desejo flutuar em mim,
Querendo ir, para não sei onde,
E fico aqui presa a esta folha de papel,
Falando de desejos não concretizados...
Não vendo a palidez das manhãs que amanhecem
Lá fora. Ficar presa a este cais que se chama indecisão..
Ficar aqui num tédio monótono.
Querendo ir mas fico aqui partindo sómente
na minha imaginação....
Caminhar em outras areias, ver outras paisagens,
Sentir os cheiros característicos de todos os lugares,
Partir como quem sonha, desvendar mistérios,
Lendas, estórias,
Ver o pôr do sol em todos os horizontes,
Ouvir outras falas, conhecer outras gentes.
Mas estou aqui, sentindo o desejo flutuar em mim,
Querendo ir, para não sei onde,
E fico aqui presa a esta folha de papel,
Falando de desejos não concretizados...
Não vendo a palidez das manhãs que amanhecem
Lá fora. Ficar presa a este cais que se chama indecisão..
Ficar aqui num tédio monótono.
Querendo ir mas fico aqui partindo sómente
na minha imaginação....
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Guarda em ti tudo o que trazias quando nasceste,
E os Deuses, e as fadas te fadaram, e predisseram...
Guarda em ti, a fala da cigana que te sinou...
Guarda em ti o coração antigo da sabedoria,
Da vontade, e da razão.
Guarda em ti também o coração novo,
Do homem nascido em ti,
Que ri, que brinca, que sonha...
Guarda em ti, todos os rituais antigos,
Que os Deuses te ensinaram...
Guarda em ti, as lagrimas como pérolas,
Que só o coração puro pode doar...
Guarda em ti, a força da vontade, e do querer.
Guarda em ti, como dádiva
Divina, o riso, o amor, e o sonhar...
E os Deuses, e as fadas te fadaram, e predisseram...
Guarda em ti, a fala da cigana que te sinou...
Guarda em ti o coração antigo da sabedoria,
Da vontade, e da razão.
Guarda em ti também o coração novo,
Do homem nascido em ti,
Que ri, que brinca, que sonha...
Guarda em ti, todos os rituais antigos,
Que os Deuses te ensinaram...
Guarda em ti, as lagrimas como pérolas,
Que só o coração puro pode doar...
Guarda em ti, a força da vontade, e do querer.
Guarda em ti, como dádiva
Divina, o riso, o amor, e o sonhar...
terça-feira, 8 de setembro de 2009
pensamentos
Se se pudessem descobrir as verdades tão facilmente como se descobrem as mentiras!...
CICERO
Quando lançares a flecha da verdade, molha a seta com mel...
MÁXIMA ÁRABE
CICERO
Quando lançares a flecha da verdade, molha a seta com mel...
MÁXIMA ÁRABE
Nada sou, mas sou o universo.
Quando riu a terra acolhe o meu riso,
Levando-o nas asas do vento, correndo mar dentro...
Abrindo caminhos desconhecidos
Entre campos verdes, e searas maduras...
O meu riso é o universo amando,
Acariciando o tempo...
O meu riso é a flor que se abre para o sol...
O meu riso é intemporal.
Magia do céu azul,
O meu riso é o abandono do corpo
Ao prazer do desejo...
É amar, querer, sonhar.
O meu riso dorme no oiro do sol poente,
Na cantiga da noite, na arte que há em mim.
O meu riso é o poema que eu não sei,
Mas está aqui escondido em cada palavra,
Que só tu podes encontrar...
O meu riso é o nascer da alvorada...
É um pássaro a voar...
O meu riso, é tudo o que eu não sou,
É tudo o que sou,
É tudo o que serei...
Quando riu a terra acolhe o meu riso,
Levando-o nas asas do vento, correndo mar dentro...
Abrindo caminhos desconhecidos
Entre campos verdes, e searas maduras...
O meu riso é o universo amando,
Acariciando o tempo...
O meu riso é a flor que se abre para o sol...
O meu riso é intemporal.
Magia do céu azul,
O meu riso é o abandono do corpo
Ao prazer do desejo...
É amar, querer, sonhar.
O meu riso dorme no oiro do sol poente,
Na cantiga da noite, na arte que há em mim.
O meu riso é o poema que eu não sei,
Mas está aqui escondido em cada palavra,
Que só tu podes encontrar...
O meu riso é o nascer da alvorada...
É um pássaro a voar...
O meu riso, é tudo o que eu não sou,
É tudo o que sou,
É tudo o que serei...
Ficar só. Sossegadamente só...
Pensar, sonhar , olhar...
Ler todos os livros que trago na alma.
Escrever todos os poemas
Que o meu coração mandar.
Levar a pena a correr por esta folha de papel
Branca, lisa, e vazia, que pouco a pouco
Se transforma, vive.
E as palavras prendem-se com sentido,
Com alma....
Escrever faz a solidão afastar-se,
Para dar lugar ao suave prazer dos sentidos....
adormecer suavemente com um sorriso
Que se prende na boca,
E se estende ao coração...
Pensar, sonhar , olhar...
Ler todos os livros que trago na alma.
Escrever todos os poemas
Que o meu coração mandar.
Levar a pena a correr por esta folha de papel
Branca, lisa, e vazia, que pouco a pouco
Se transforma, vive.
E as palavras prendem-se com sentido,
Com alma....
Escrever faz a solidão afastar-se,
Para dar lugar ao suave prazer dos sentidos....
adormecer suavemente com um sorriso
Que se prende na boca,
E se estende ao coração...
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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