quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
FIM DE TARDE
FIM DE TARDE
Hoje o dia está a partir.
Leva a tarde suavemente suspensa
Em seus braços longos…
Medito, perco meus olhos em sonhos….
Há um perfume de âmbar solto pelos sete caminhos…
A brisa canta rumores,
Que se escondem no rosto suave do anoitecer…
Quem me dera ser o tempo de partir,
Em festa engalanada,
E voltar em novas cores de madrugada….
Hoje o dia está a partir.
Leva a tarde suavemente suspensa
Em seus braços longos…
Medito, perco meus olhos em sonhos….
Há um perfume de âmbar solto pelos sete caminhos…
A brisa canta rumores,
Que se escondem no rosto suave do anoitecer…
Quem me dera ser o tempo de partir,
Em festa engalanada,
E voltar em novas cores de madrugada….
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
MULHER
MULHER
Se um dia eu soltar a alma no espaço.
Livre do corpo, livre do cansaço,
Correndo na imensidão do céu
Onde as estrelas se afogam,
Serei o dia, a luz, o renascer da maré.
Trarei em meu corpo vazio,
A forma perfeita de viver….
Serei oceano bravio,
Estrela cadente tocando a terra ao anoitecer….
Serei grito de gaivota em liberdade completa
De um sonho a acontecer…
Serei universo, ilha perdida no meio da vida…
Serei magia, verdade… mentira…
Ou talvez simplesmente,
Aquilo que sou…. Mulher!
Se um dia eu soltar a alma no espaço.
Livre do corpo, livre do cansaço,
Correndo na imensidão do céu
Onde as estrelas se afogam,
Serei o dia, a luz, o renascer da maré.
Trarei em meu corpo vazio,
A forma perfeita de viver….
Serei oceano bravio,
Estrela cadente tocando a terra ao anoitecer….
Serei grito de gaivota em liberdade completa
De um sonho a acontecer…
Serei universo, ilha perdida no meio da vida…
Serei magia, verdade… mentira…
Ou talvez simplesmente,
Aquilo que sou…. Mulher!
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
OUTONO
OUTONO
Era um fim de tarde fria,
Onde o vento cantava pelas esquinas.
As folhas caiam das arvores…
Meti as mãos nos bolsos e assobiei baixinho,
Para esquecer ou assustar o frio…
O cheiro das castanhas acabadas de assar,
Invadiam os sentidos, acariciavam o paladar…
Gotas grossas e pesadas de chuva, começaram a cair…
Apressei o passo, enrolei-me em ti,
Posei a cabeça no teu ombro e sorri…
Descemos a rua agora mais devagar…
Tínhamo-nos!..
Já não havia pressa de fugir,
Ao tempo, á chuva, a tudo o que pudesse vir…
Juntos havia sempre sol…
O cheiro das castanhas guiava os nossos passos.
Compramos uma mão cheia…
(Quentes e boas!....)
Apregoava a rapariga, enrolada em roupa,
Sacudindo o assador…
Nós com as mãos agora quentes,
Com o perfume das castanhas a aguçar o paladar,
Caminhamos longamente sobre a cama
De folhas doiradas e vermelhas que amorteciam nossos passos…
Era Novembro, o Outono caminhava,
E eu com a cabeça no teu ombro sonhava
Era um fim de tarde fria,
Onde o vento cantava pelas esquinas.
As folhas caiam das arvores…
Meti as mãos nos bolsos e assobiei baixinho,
Para esquecer ou assustar o frio…
O cheiro das castanhas acabadas de assar,
Invadiam os sentidos, acariciavam o paladar…
Gotas grossas e pesadas de chuva, começaram a cair…
Apressei o passo, enrolei-me em ti,
Posei a cabeça no teu ombro e sorri…
Descemos a rua agora mais devagar…
Tínhamo-nos!..
Já não havia pressa de fugir,
Ao tempo, á chuva, a tudo o que pudesse vir…
Juntos havia sempre sol…
O cheiro das castanhas guiava os nossos passos.
Compramos uma mão cheia…
(Quentes e boas!....)
Apregoava a rapariga, enrolada em roupa,
Sacudindo o assador…
Nós com as mãos agora quentes,
Com o perfume das castanhas a aguçar o paladar,
Caminhamos longamente sobre a cama
De folhas doiradas e vermelhas que amorteciam nossos passos…
Era Novembro, o Outono caminhava,
E eu com a cabeça no teu ombro sonhava
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
QUEM ME DERA.....
QUEM ME DERA…
Quem me dera a noite…
Quem me dera o escuro silencio,
Mordendo as paredes brancas,
Para nela me esconder…
Esconder do caos, da perfídia, do sol a resplandecer…
Quem me dera a noite
Com seu grito de água gelada para me absorver…
Quem me dera o silencio opaco e frio,
O som de passos errantes tão perdidos como eu…
Quem me dera ser estrela,
Guia da noite, caminhante do espaço…
Esconder-me em breu, não ser eu ser o acaso…
Quem me dera a noite,
Para me enrolar no seu manto.
Fechar os olhos, não ser ninguém….
Apenas um elemento vagueando no espaço…
Quem me dera a noite…
Quem me dera o escuro silencio,
Mordendo as paredes brancas,
Para nela me esconder…
Esconder do caos, da perfídia, do sol a resplandecer…
Quem me dera a noite
Com seu grito de água gelada para me absorver…
Quem me dera o silencio opaco e frio,
O som de passos errantes tão perdidos como eu…
Quem me dera ser estrela,
Guia da noite, caminhante do espaço…
Esconder-me em breu, não ser eu ser o acaso…
Quem me dera a noite,
Para me enrolar no seu manto.
Fechar os olhos, não ser ninguém….
Apenas um elemento vagueando no espaço…
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
VENTOS DO DESERTO
Pelas areias arrastadas pelo vento,
Morenos senhores do deserto caminham,
Sobem dunas, andam planuras.
Cobrem seus negros cabelos
Com turbantes...
Escrevem poemas na areia
Onde o vento dança ao ritmo
De uma estranha melodia...
Dormem ao relento, curtidos,
Enegrecidos pelos elementos ...
Montam cavalos alados
Que voam no tempo parado do deserto...
Correm em busca da rota... da saga...
Da vida que está sempre mais além...
Senhores do deserto, príncipes da valentia,
Crentes e gentios.
Feitos de aço, ferro, e fogo...
Senhores do saber antigo...
Morenos senhores do deserto caminham,
Sobem dunas, andam planuras.
Cobrem seus negros cabelos
Com turbantes...
Escrevem poemas na areia
Onde o vento dança ao ritmo
De uma estranha melodia...
Dormem ao relento, curtidos,
Enegrecidos pelos elementos ...
Montam cavalos alados
Que voam no tempo parado do deserto...
Correm em busca da rota... da saga...
Da vida que está sempre mais além...
Senhores do deserto, príncipes da valentia,
Crentes e gentios.
Feitos de aço, ferro, e fogo...
Senhores do saber antigo...
terça-feira, 28 de setembro de 2010
ANOITECER NO MAR
Há vento na praia, a espuma do mar
Salpica-me os cabelos e o rosto,
Deixando-me um gosto a maresia na boca.
As gaivotas agitam-se, soltam gritos
Estridentes de ansiedade.
Barcos ao longe regressam; é o entardecer...
as mulheres andam na praia inquietas
Como gaivotas que esperam tempestade.
O mar forte, invencível,
Alheio a tudo o que não seja ele próprio,
Espreguiça-se longamente na areia,
Para logo se retirar e voltar
Num bailado com o vento,
Encrespando-se, soltando espuma,
Amando-se, como dois amantes num ritual antigo,
Lutando e unindo-se, entre a raiva e o prazer.
Amor estranho, forte, inquietante, mas eterno...
E eu fico aqui vendo o anoitecer,
Sentindo o que o mar
Tem para me dizer.
Salpica-me os cabelos e o rosto,
Deixando-me um gosto a maresia na boca.
As gaivotas agitam-se, soltam gritos
Estridentes de ansiedade.
Barcos ao longe regressam; é o entardecer...
as mulheres andam na praia inquietas
Como gaivotas que esperam tempestade.
O mar forte, invencível,
Alheio a tudo o que não seja ele próprio,
Espreguiça-se longamente na areia,
Para logo se retirar e voltar
Num bailado com o vento,
Encrespando-se, soltando espuma,
Amando-se, como dois amantes num ritual antigo,
Lutando e unindo-se, entre a raiva e o prazer.
Amor estranho, forte, inquietante, mas eterno...
E eu fico aqui vendo o anoitecer,
Sentindo o que o mar
Tem para me dizer.
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
MAGIA
Correm rumores de ventos
Entre as ramagens da arvore velha,
Perdida no tempo e na lembrança de quem por ela passa...
Segredos velhos, guardados entre as folhas,
Por onde o luar espreita nas noites
De um Verão tardio...
Tento sabe-los, nada me dizem...
Fico parada olhando o céu,
O vento corre, a arvore grande solta
Seu perfume secreto das noites em que o sonho vive..
Em que a pena do poeta voa sobre o papel,
Em que a magia é um circulo fechado
Entre este mundo e o mundo onde vivo...
Onde sou... onde quero....
Entre as ramagens da arvore velha,
Perdida no tempo e na lembrança de quem por ela passa...
Segredos velhos, guardados entre as folhas,
Por onde o luar espreita nas noites
De um Verão tardio...
Tento sabe-los, nada me dizem...
Fico parada olhando o céu,
O vento corre, a arvore grande solta
Seu perfume secreto das noites em que o sonho vive..
Em que a pena do poeta voa sobre o papel,
Em que a magia é um circulo fechado
Entre este mundo e o mundo onde vivo...
Onde sou... onde quero....
terça-feira, 7 de setembro de 2010
SONHA COMIGO
Sonha comigo, ainda que o sonho
Seja uma mentira, sonha comigo...
Sonha que há purpurinas na noite
Em que me amarás...
Sonha comigo, no lado de lá da vida,
Imaterial, como uma nuvem, um elemento...
Sonha comigo, enquanto vês
Um quadro de Van Gogh
Ou uma escultura de Rodin,
Sonha comigo, com risos abertos na madrugada
Do sonho, com cânticos
Que nunca ouviste mas saberás inventar...
Sonha comigo, quando o sol
Tomba no poente, e te doira o olhar
Perdido no tempo...
Sonha comigo, quando já não
Há mais nada em ti com que sonhar...
Sonha comigo...
Seja uma mentira, sonha comigo...
Sonha que há purpurinas na noite
Em que me amarás...
Sonha comigo, no lado de lá da vida,
Imaterial, como uma nuvem, um elemento...
Sonha comigo, enquanto vês
Um quadro de Van Gogh
Ou uma escultura de Rodin,
Sonha comigo, com risos abertos na madrugada
Do sonho, com cânticos
Que nunca ouviste mas saberás inventar...
Sonha comigo, quando o sol
Tomba no poente, e te doira o olhar
Perdido no tempo...
Sonha comigo, quando já não
Há mais nada em ti com que sonhar...
Sonha comigo...
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
A MINHA ÁRVORE
A MINHA ARVORE
Quando chegávamos ao largo do açude, lá estava ela, Grande e velha a arvore da minha infância.
Cobria todo o largo. Dava sombra ao coreto.
Quando chegávamos a casa e abríamos as janelas, ela saudávamos com um aceno, murmurando palavras entre as suas folhas verdes escuras.
Eu achava que havia fadas a morar nela.
Quando corria-mos á sua volta, ela sorria… tenho a certeza que sorria… e por vezes dobrava os seus ramos mais baixos e tocava-nos suavemente como uma carícia.
Havia ninhos de pardais, de melros, eu sei lá que mais… eram tantos os trinados e os gorjeios, e as melodias…
Diziam que era muito velha a nossa árvore. Centenária! Abria-mos a boca de espanto, sem saber ao certo quanto tempo era ser centenária… mas era muito de certo.
No Verão quando havia a festa, vinha a banda de música tocar no coreto. A árvore ficava quieta, não deixava sequer que o vento lhe tocasse, para não se distrair. E sorria, como sabem sorrir as arvores…
No Inverno, quando chegávamos da escola, ela acolhia-nos da chuva. E nós baloiçávamo-nos nos seus ramos, fazíamos baloiço, e ela protegia-nos suavemente…
A árvore da minha infância ainda lá está perto do açude, junto á casa grande. Não a vejo á algum tempo, tenho saudades…
Saudades de baloiçar nos seus ramos, e ouvir o vento sussurrar através deles.
Sinto que ela também se lembra de mim, as memórias ficam em nós como na natureza.
E a minha árvore centenária viverá mais cem, e mais cem e muitos mais anos.
Será memoria que deixo aqui, que transmito, e que outros transmitirão depois de mim. E assim a minha arvore será eterna, enquanto houver
Quando chegávamos ao largo do açude, lá estava ela, Grande e velha a arvore da minha infância.
Cobria todo o largo. Dava sombra ao coreto.
Quando chegávamos a casa e abríamos as janelas, ela saudávamos com um aceno, murmurando palavras entre as suas folhas verdes escuras.
Eu achava que havia fadas a morar nela.
Quando corria-mos á sua volta, ela sorria… tenho a certeza que sorria… e por vezes dobrava os seus ramos mais baixos e tocava-nos suavemente como uma carícia.
Havia ninhos de pardais, de melros, eu sei lá que mais… eram tantos os trinados e os gorjeios, e as melodias…
Diziam que era muito velha a nossa árvore. Centenária! Abria-mos a boca de espanto, sem saber ao certo quanto tempo era ser centenária… mas era muito de certo.
No Verão quando havia a festa, vinha a banda de música tocar no coreto. A árvore ficava quieta, não deixava sequer que o vento lhe tocasse, para não se distrair. E sorria, como sabem sorrir as arvores…
No Inverno, quando chegávamos da escola, ela acolhia-nos da chuva. E nós baloiçávamo-nos nos seus ramos, fazíamos baloiço, e ela protegia-nos suavemente…
A árvore da minha infância ainda lá está perto do açude, junto á casa grande. Não a vejo á algum tempo, tenho saudades…
Saudades de baloiçar nos seus ramos, e ouvir o vento sussurrar através deles.
Sinto que ela também se lembra de mim, as memórias ficam em nós como na natureza.
E a minha árvore centenária viverá mais cem, e mais cem e muitos mais anos.
Será memoria que deixo aqui, que transmito, e que outros transmitirão depois de mim. E assim a minha arvore será eterna, enquanto houver
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
LISBOA!
Vem comigo ver a minha terra, janela aberta para o mar: cheiro a maresia, gritos de gaivotas.
Vem correr bairros antigos, travessas e calçadas corridas entre prédios seculares, com alma, com vida, onde o sol se escoa entre vielas, onde os pregões já não ecoam mas estão vivos em cada pedra, em cada rua.
Sobe comigo a uma colina, talvez a do Castelo, e sente-te como um rei conquistador. Sente a magia da vida que correu por estes muros, ouve as falas antigas, toca cada pedra e ela te contará histórias de heróis e marinheiros, que cruzaram mares, desbravaram terras, criaram mitos. Sobe a uma torre, que apesar do tempo se mantém de pé, olha o mar…
O mar que é o sangue a pulsar no corpo desta cidade mulher, linda e sedutora, enfeitada com sardinheiras nas janelas, com colchas de seda em dia de procissão da Senhora da Saúde. Com perfumes espalhados pelo ar….
Lisboa a minha terra, onde eu me perco em cada esquina, onde a luz do Tejo me ilumina…
Terra de santos, poetas e pintores…
Vem comigo à Sé, onde S. António brincou com os milagres. Senta-te numa mesa do Martinho e fala com Pessoa. Corre a Baixa e cumprimenta o Marquês. Vai ao Terreiro do Paço e cruza-te com Camões. Passeia num bairro ribeirinho com cheiro a mar, e aprecia as varinas de Stuart. Vai ao Chiado, ao Nicola, toma café com Bocage, e descobre Columbano. Em Alcântara, no cais, deslumbra-te com os murais de Almada…
Corre Lisboa comigo e verás o pôr-do-sol de outra qualquer colina… Espera!... Olha as estrelas que surgem brilhantes, cruzando-se com as luzes da cidade, sem choque, em harmonia.
Ao longe há uma guitarra que toca, é fado, canção perdida no tempo, mas feita do coração.
Vem comigo ver a minha terra…..
Vem correr bairros antigos, travessas e calçadas corridas entre prédios seculares, com alma, com vida, onde o sol se escoa entre vielas, onde os pregões já não ecoam mas estão vivos em cada pedra, em cada rua.
Sobe comigo a uma colina, talvez a do Castelo, e sente-te como um rei conquistador. Sente a magia da vida que correu por estes muros, ouve as falas antigas, toca cada pedra e ela te contará histórias de heróis e marinheiros, que cruzaram mares, desbravaram terras, criaram mitos. Sobe a uma torre, que apesar do tempo se mantém de pé, olha o mar…
O mar que é o sangue a pulsar no corpo desta cidade mulher, linda e sedutora, enfeitada com sardinheiras nas janelas, com colchas de seda em dia de procissão da Senhora da Saúde. Com perfumes espalhados pelo ar….
Lisboa a minha terra, onde eu me perco em cada esquina, onde a luz do Tejo me ilumina…
Terra de santos, poetas e pintores…
Vem comigo à Sé, onde S. António brincou com os milagres. Senta-te numa mesa do Martinho e fala com Pessoa. Corre a Baixa e cumprimenta o Marquês. Vai ao Terreiro do Paço e cruza-te com Camões. Passeia num bairro ribeirinho com cheiro a mar, e aprecia as varinas de Stuart. Vai ao Chiado, ao Nicola, toma café com Bocage, e descobre Columbano. Em Alcântara, no cais, deslumbra-te com os murais de Almada…
Corre Lisboa comigo e verás o pôr-do-sol de outra qualquer colina… Espera!... Olha as estrelas que surgem brilhantes, cruzando-se com as luzes da cidade, sem choque, em harmonia.
Ao longe há uma guitarra que toca, é fado, canção perdida no tempo, mas feita do coração.
Vem comigo ver a minha terra…..
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
ANOITECER
Gosto de escrever quando o sol se põe..
Algo de magico vem até mim.
Abro as portas do coração,
E deixo entrar a luz do entardecer..
Corro caminhos onde o sol se escoa..
Em breve vem a lua..
Mistério segredo dos poetas.
Os desejos são mais fortes, soltam-se de mim,
Correm caminhos proibidos, onde o prazer mora...
Ao entardecer, é a hora de ser feliz...
Ou nostalgicamente triste...
Ao entardecer, na fronteira entre o sim e o não,
Tudo pode acontecer...
Escrevo, embrenho-me em pensamentos,
E sonho... e ás vezes sou feliz!...
Algo de magico vem até mim.
Abro as portas do coração,
E deixo entrar a luz do entardecer..
Corro caminhos onde o sol se escoa..
Em breve vem a lua..
Mistério segredo dos poetas.
Os desejos são mais fortes, soltam-se de mim,
Correm caminhos proibidos, onde o prazer mora...
Ao entardecer, é a hora de ser feliz...
Ou nostalgicamente triste...
Ao entardecer, na fronteira entre o sim e o não,
Tudo pode acontecer...
Escrevo, embrenho-me em pensamentos,
E sonho... e ás vezes sou feliz!...
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Ah! Como eu gostaria de libertar o espírito e suavemente vagar no espaço.
Sentir o perfume das flores, o calor morno do sol, a brisa suave da tarde acariciando-me os cabelos.
E de mão dada contigo sentir que éramos só um passeando em liberdade pelo espaço infinito….
Mas neste corpo que trago bem preso á terra, fecho sem querer este meu espírito sonhador….
Só escrevendo o liberto um pouco… Bem pouco afinal… pois tudo não passa de um devaneio que em breve se esfuma…
E essa janela que queria sempre aberta, desastradamente se fecha!...........
Sentir o perfume das flores, o calor morno do sol, a brisa suave da tarde acariciando-me os cabelos.
E de mão dada contigo sentir que éramos só um passeando em liberdade pelo espaço infinito….
Mas neste corpo que trago bem preso á terra, fecho sem querer este meu espírito sonhador….
Só escrevendo o liberto um pouco… Bem pouco afinal… pois tudo não passa de um devaneio que em breve se esfuma…
E essa janela que queria sempre aberta, desastradamente se fecha!...........
terça-feira, 27 de julho de 2010
ORAÇÃO
Ao anoitecer, os sinos tocam,
Tangem num tom apressado, urgente…
Correm todos ao seu chamado,
Rezam, confessam seus pecados, penitenciam-se…
As velas acesas no altar do espanto,
Iluminam um Cristo glorioso, que ora por nós…
Tocam os sinos melancólicos ao anoitecer…
Já nada resta,
A fé é apenas a oração dita a correr…
Não se pensa diz-se…
E Cristo no altar olha para nós,
Triste… triste…
Tangem num tom apressado, urgente…
Correm todos ao seu chamado,
Rezam, confessam seus pecados, penitenciam-se…
As velas acesas no altar do espanto,
Iluminam um Cristo glorioso, que ora por nós…
Tocam os sinos melancólicos ao anoitecer…
Já nada resta,
A fé é apenas a oração dita a correr…
Não se pensa diz-se…
E Cristo no altar olha para nós,
Triste… triste…
sexta-feira, 16 de julho de 2010
DENTRO DE MIM...........
Castelos de nuvens povoam o céu.
Pássaros brancos surgem na magia do tempo…
Erro meu olhar sagrando o arquitecto,
Deste céu cortado de azul.
Corro na minha consciência a ausência de palavras,
Que exprimam, que falem, que cantem,
Tudo o que a minha alma muda grita
Em desalinho de cor, de lágrimas, risos, emoções…
Serenamente minhas lágrimas correm em memoria da beleza.
Fico só. Escrevo palavras soltas,
Na brusquidão emocional da dor de amar a natureza…
Pássaros brancos surgem na magia do tempo…
Erro meu olhar sagrando o arquitecto,
Deste céu cortado de azul.
Corro na minha consciência a ausência de palavras,
Que exprimam, que falem, que cantem,
Tudo o que a minha alma muda grita
Em desalinho de cor, de lágrimas, risos, emoções…
Serenamente minhas lágrimas correm em memoria da beleza.
Fico só. Escrevo palavras soltas,
Na brusquidão emocional da dor de amar a natureza…
quinta-feira, 8 de julho de 2010
POR UM POETA!
Canta poeta! Canta alto!
Solta tua voz, liberta a tua alma…
Teu canto não tem preço.
Ama em cada palavra, em cada sofrimento…
Solta-te em cada manhã ,
Não pares, diz as tuas palavras,
Grita as tuas verdades…
Solta-te em remoinhos de esperança…
Trás em ti homem novo.
Chora, chora, e tuas lágrimas, serão prece, dadiva…
Vive na tua voz amante…
Sofrendo em cada gota de sangue,
Que doas, por cada mágoa do teu coração destroçado…
Reza por Lorca, e por todos os poetas
Mortos em cada dia…
Mas canta alto, para que o teu canto,
Não se perca, mas seja o nascer de um novo dia!
Solta tua voz, liberta a tua alma…
Teu canto não tem preço.
Ama em cada palavra, em cada sofrimento…
Solta-te em cada manhã ,
Não pares, diz as tuas palavras,
Grita as tuas verdades…
Solta-te em remoinhos de esperança…
Trás em ti homem novo.
Chora, chora, e tuas lágrimas, serão prece, dadiva…
Vive na tua voz amante…
Sofrendo em cada gota de sangue,
Que doas, por cada mágoa do teu coração destroçado…
Reza por Lorca, e por todos os poetas
Mortos em cada dia…
Mas canta alto, para que o teu canto,
Não se perca, mas seja o nascer de um novo dia!
terça-feira, 29 de junho de 2010
QEM SOU?
Sabes quem sou?
Eu não sei nem nunca saberei...
Sou tudo, vento e sol, grito, alegria, dor...
Sou tudo o que posso ser...
Vivo á deriva da vida,
Penso, nem sei que penso.
Quero, nem sei que quero...
Já não me reconheço... e tu conheces-me bem?
Caminhei em busca de mim.
Nunca me achei.
Cheguei sempre atrasada ao lugar onde estarei...
Indecisão... ou não...
Saber apenas que não sei...
E tu sabes quem sou?
Se sabes ainda bem..
Eu não sei nem nunca saberei...
Sou tudo, vento e sol, grito, alegria, dor...
Sou tudo o que posso ser...
Vivo á deriva da vida,
Penso, nem sei que penso.
Quero, nem sei que quero...
Já não me reconheço... e tu conheces-me bem?
Caminhei em busca de mim.
Nunca me achei.
Cheguei sempre atrasada ao lugar onde estarei...
Indecisão... ou não...
Saber apenas que não sei...
E tu sabes quem sou?
Se sabes ainda bem..
terça-feira, 22 de junho de 2010
DE PEDRA
De pedra! De pedra como estatua pareço.
Fria como noite de Inverno
Onde desassossegadamente morre a emoção.
Sombra de luz, corre no poente
Quebrando o gelo onde me guardo….
De pedra fria pareço …
Mas nada mais que ilusão…
Meu corpo arde ao toque da tua mão…
Solto-me em réstias de luz,
Onde asas de sonhos cortam meu peito
Em silêncios dourados…
Onde lendas antigas soltam memorias…
Anoitece! Em teus braços nasce o sol!
Um pássaro canta; talvez o rouxinol…
Que canta e sofre por amor de mansinho…
Que adormece… e de pedra parece…
Mas ardendo por dentro em fúria,
Como magma de um vulcão…
De pedra! De pedra como estatua pareço.
Fria como noite de Inverno
Onde desassossegadamente morre a emoção.
Sombra de luz, corre no poente
Quebrando o gelo onde me guardo….
De pedra fria pareço …
Mas nada mais que ilusão…
Meu corpo arde ao toque da tua mão…
Solto-me em réstias de luz,
Onde asas de sonhos cortam meu peito
Em silêncios dourados…
Onde lendas antigas soltam memorias…
Anoitece! Em teus braços nasce o sol!
Um pássaro canta; talvez o rouxinol…
Que canta e sofre por amor de mansinho…
Que adormece… e de pedra parece…
Mas ardendo por dentro em fúria,
Como magma de um vulcão…
terça-feira, 15 de junho de 2010
ADORMECER
Caminho na praia que queria deserta,
Só para mim...
O vento corre em desespero pelas dunas,
Moldando-as com sua mão forte,
Acariciando suas curvas,
Gritando em sussurros seu amor...
O mar enovela-se a meus pés
Com murmúrios de sereias
Que me querem encantar...
A espuma branca, espessa ,
Desfaz-se furiosamente nas fragas
Da falésia , ali ao lado...
A noite fez a promessa de vir tomar o lugar
Do sol, e vai-se sentando devagar
Ao meu lado, até que se estende
E me enlaça em seus braços,
E sinto o beijo do luar...
Já não há gaivotas, recolheram-se
Entre as rochas, calaram os seus piares...
Deixo-me adormecer, sonho com caravelas
E marinheiros, com Adamastor, e o cabo das tormentas...
Acordo, sonhando partir, viajar
Até não haver mar...
Até nunca mais acordar...
Só para mim...
O vento corre em desespero pelas dunas,
Moldando-as com sua mão forte,
Acariciando suas curvas,
Gritando em sussurros seu amor...
O mar enovela-se a meus pés
Com murmúrios de sereias
Que me querem encantar...
A espuma branca, espessa ,
Desfaz-se furiosamente nas fragas
Da falésia , ali ao lado...
A noite fez a promessa de vir tomar o lugar
Do sol, e vai-se sentando devagar
Ao meu lado, até que se estende
E me enlaça em seus braços,
E sinto o beijo do luar...
Já não há gaivotas, recolheram-se
Entre as rochas, calaram os seus piares...
Deixo-me adormecer, sonho com caravelas
E marinheiros, com Adamastor, e o cabo das tormentas...
Acordo, sonhando partir, viajar
Até não haver mar...
Até nunca mais acordar...
segunda-feira, 7 de junho de 2010
MASCARA GREGA
A brisa vem acariciar-me os cabelos...
Fecho os olhos sinto melodias no ar...
Perco-me em sonhos, embalo a alma...
Liberto-a onde só ela pode entrar.
Solto-a no tempo, levo-a para longe...
Caminhos de luz... e solidão...
Caminhos meus, enigmas sem fim...
Fecho-me no sonho,
Que importa lá fora?
Verdade ou mentira...
Mascara grega é meu rosto,
Nada revela. Só a alma está em mim
Só eu entro nela sem mascara,
Nua como quando nasci...
Fecho os olhos sinto melodias no ar...
Perco-me em sonhos, embalo a alma...
Liberto-a onde só ela pode entrar.
Solto-a no tempo, levo-a para longe...
Caminhos de luz... e solidão...
Caminhos meus, enigmas sem fim...
Fecho-me no sonho,
Que importa lá fora?
Verdade ou mentira...
Mascara grega é meu rosto,
Nada revela. Só a alma está em mim
Só eu entro nela sem mascara,
Nua como quando nasci...
segunda-feira, 31 de maio de 2010
ETERNIDADE
Quando eu morrer quero levar nos olhos, os teus olhos e o mar...
quero partir com eles na alma.
Não sei para onde, mas para ser feliz.
Esperarei por ti brincando nas nuvens,
Fazendo companhia ao Príncipezinho nas estrelas.
Amando-te mesmo no além,
Em espirito, em alma, em sentimento...
Serei sempre eu, serás sempre tu...
E voltaremos com o mar que levarei nos olhos,
E com a terra que tu levarás nos teus.
Estaremos então juntos, não haverá vida ou morte que nos separe!
Quando eu morrer, não chores por mim,
Olha para o alto, e eu lá estarei numa nuvem,
No vento, ou numa estrela sorrindo para ti...
Quando eu morrer será apenas matéria,
Por isso levarei para a eternidade a luz do teu olhar...
E as ondas bravias do meu mar!
Estarei em cada pensamento teu, em cada lembrança...
Em cada lugar que eu amo.
Estarei em ti meu amor até sermos um só!
Luz, não matéria, faremos parte do universo...
Mas saberemos que somos nós.
E enfim seremos felizes!...
quero partir com eles na alma.
Não sei para onde, mas para ser feliz.
Esperarei por ti brincando nas nuvens,
Fazendo companhia ao Príncipezinho nas estrelas.
Amando-te mesmo no além,
Em espirito, em alma, em sentimento...
Serei sempre eu, serás sempre tu...
E voltaremos com o mar que levarei nos olhos,
E com a terra que tu levarás nos teus.
Estaremos então juntos, não haverá vida ou morte que nos separe!
Quando eu morrer, não chores por mim,
Olha para o alto, e eu lá estarei numa nuvem,
No vento, ou numa estrela sorrindo para ti...
Quando eu morrer será apenas matéria,
Por isso levarei para a eternidade a luz do teu olhar...
E as ondas bravias do meu mar!
Estarei em cada pensamento teu, em cada lembrança...
Em cada lugar que eu amo.
Estarei em ti meu amor até sermos um só!
Luz, não matéria, faremos parte do universo...
Mas saberemos que somos nós.
E enfim seremos felizes!...
segunda-feira, 24 de maio de 2010
ACREDITAR
A noite escorre pelo tempo.
É tarde, as estrelas brincam lá fora,
A lua estende seus dedos pela terra.
Refresca-se no mar, mira-se no Tejo...
Há perfumes que se espalham,
Aromas de flores que não abriram.
O ar é leve, suave...
Minha alma corre ao sabor da brisa.
Sinto além o murmurar do caniçal,
Quando por ele passa o vento,
Canta uma melodia de Deuses.
A terra descansa, sonha, a noite estende-se,
Mostra-se, abraça a terra...
Há uma lassidão do campo aqui, na quase cidade...
Sonho com impossíveis, que agora são reais.
Estendo as mãos sinto a vida,
Basta querer, basta não acordar...
Basta ser poeta, ser diferente....
Sentir com a alma, com o coração,
Ter fé, esperança.... Acreditar...
É tarde, as estrelas brincam lá fora,
A lua estende seus dedos pela terra.
Refresca-se no mar, mira-se no Tejo...
Há perfumes que se espalham,
Aromas de flores que não abriram.
O ar é leve, suave...
Minha alma corre ao sabor da brisa.
Sinto além o murmurar do caniçal,
Quando por ele passa o vento,
Canta uma melodia de Deuses.
A terra descansa, sonha, a noite estende-se,
Mostra-se, abraça a terra...
Há uma lassidão do campo aqui, na quase cidade...
Sonho com impossíveis, que agora são reais.
Estendo as mãos sinto a vida,
Basta querer, basta não acordar...
Basta ser poeta, ser diferente....
Sentir com a alma, com o coração,
Ter fé, esperança.... Acreditar...
quarta-feira, 19 de maio de 2010
CELEBRAR O AMOR...
Celebrar o amor: Apetece-me celebrar o amor...
Correr por aí dizendo, vivendo,
Amar como um sonho ou uma verdade...
Sentir o desejo correndo em mim...
Olhar os olhos e ler.
Murmurar baixinho palavras magicas
Que só o coração pode reconhecer...
Amar com o riso.
Amar com lagrimas.
Amar com o coração a bater fortemente no peito...
Fazer perguntas mil...
Dizer palavras sem resposta...
Voar no infinito...
Afogar-me no por do sol..
Atravessar o arco-iris...
Viver morrendo por querer...
Amar com a alma, amar com o corpo...
Amar num impulso audaz
De caminhar no nada.
Oferecendo tudo ...nada tendo...nada...
Correr por aí dizendo, vivendo,
Amar como um sonho ou uma verdade...
Sentir o desejo correndo em mim...
Olhar os olhos e ler.
Murmurar baixinho palavras magicas
Que só o coração pode reconhecer...
Amar com o riso.
Amar com lagrimas.
Amar com o coração a bater fortemente no peito...
Fazer perguntas mil...
Dizer palavras sem resposta...
Voar no infinito...
Afogar-me no por do sol..
Atravessar o arco-iris...
Viver morrendo por querer...
Amar com a alma, amar com o corpo...
Amar num impulso audaz
De caminhar no nada.
Oferecendo tudo ...nada tendo...nada...
quarta-feira, 12 de maio de 2010
LUA E MAR
Lua branca, lívida,
Cai em farrapos rasgados sobre o mar.
Unindo-se e cantando com sereias,
Trazendo feitiços, lavando dores.
E os dedos longos e brancos da lua,
Acariciam as curvas das ondas,
Com prazer de amante sensual
Desvirginando a escuridão,
Com prazer e lascívia
De uma união perfeita.
Lua e mar, atraindo-se e amando-se
Em movimentos ondulantes
Como corpos envoltos em desejos incontidos.
Lua e mar.
Caminho aberto ao sonho do marinheiro
Que navega em busca do mistério,
Desse amor que nada consegue apaziguar...
Cai em farrapos rasgados sobre o mar.
Unindo-se e cantando com sereias,
Trazendo feitiços, lavando dores.
E os dedos longos e brancos da lua,
Acariciam as curvas das ondas,
Com prazer de amante sensual
Desvirginando a escuridão,
Com prazer e lascívia
De uma união perfeita.
Lua e mar, atraindo-se e amando-se
Em movimentos ondulantes
Como corpos envoltos em desejos incontidos.
Lua e mar.
Caminho aberto ao sonho do marinheiro
Que navega em busca do mistério,
Desse amor que nada consegue apaziguar...
quarta-feira, 5 de maio de 2010
ESTARMOS SÓS
ESTARMOS SÓS
Os lilases exalam seu perfume.
Há sensualidade na sua forma e cor.
No poente a tarde inventa historias,
E eu invento-me nas pregas soltas de memorias…
Trago rosas vermelhas e rosmaninho,
E sol solto em cálices de ouro,
Que iluminam teu caminho, nesta cálida tarde de Verão….
Os pássaros poisados nas arvores da imaginação,
Acordam os sentidos com trinados musicais…
Trago em minhas mãos essências raras,
Perfumes de sonhos orientais…
Cânticos velados soltam-se na ilha magica do mistério,
Onde me sento, e acaricio o tempo,
Que se solta nas voltas presas da vida…
Trago em meus olhos o orvalho dos caminhos
De uma tarde adormecida.
Rios de riso como cascatas de espanto,
Caem em desalinho ao redor de nós,
Quando por fim a noite se anuncia,
E estamos sós….
Os lilases exalam seu perfume.
Há sensualidade na sua forma e cor.
No poente a tarde inventa historias,
E eu invento-me nas pregas soltas de memorias…
Trago rosas vermelhas e rosmaninho,
E sol solto em cálices de ouro,
Que iluminam teu caminho, nesta cálida tarde de Verão….
Os pássaros poisados nas arvores da imaginação,
Acordam os sentidos com trinados musicais…
Trago em minhas mãos essências raras,
Perfumes de sonhos orientais…
Cânticos velados soltam-se na ilha magica do mistério,
Onde me sento, e acaricio o tempo,
Que se solta nas voltas presas da vida…
Trago em meus olhos o orvalho dos caminhos
De uma tarde adormecida.
Rios de riso como cascatas de espanto,
Caem em desalinho ao redor de nós,
Quando por fim a noite se anuncia,
E estamos sós….
terça-feira, 27 de abril de 2010
INSONIA
O silencio é fino, como vidro que se enterra na carne...
Nada se mexe, as minhas mãos
Procuram o invisível...
Remoinhos de noite correm os céus,
As estrelas contam segredos secretos.
A lua canta melodias sem som...
Aqui parada, calada comigo mesma,
Vazia de tudo o que o silencio levou,
Apenas penso.
Já não sonho... escrevo, e as palavras
São apenas palavras,
Caminho que abro á procura do que sou...
Nada se mexe, as minhas mãos
Procuram o invisível...
Remoinhos de noite correm os céus,
As estrelas contam segredos secretos.
A lua canta melodias sem som...
Aqui parada, calada comigo mesma,
Vazia de tudo o que o silencio levou,
Apenas penso.
Já não sonho... escrevo, e as palavras
São apenas palavras,
Caminho que abro á procura do que sou...
quarta-feira, 21 de abril de 2010
BRASÍLIA 50 ANOS
BRASILIA
Brasília 50 anos!
Brasília não será, nem nunca foi a moderna El-Amarna, (cidade maldita) do antigo Egipto.
Brasília é uma cidade viva que sobrevirá ao sonho visionário de dois homens: Juceslino Kubitschek, e Óscar Niemeyer!
Miemeyer, poeta arquitecto, sonhador, homem.
O seu traço trás o perfume de mulher. Mulher amada, desejada…
Na mulher está a essência de tudo o que cria. Corpo, sensualidade…
Na mulher está a inspiração, o arrojo do génio, a beleza da arte.
No traço imperfeito, está a perfeição de um poema cantado nas areias vermelhas de um planalto a que se chamou Brasília, sagrando o corpo, a forma, a alma da mulher.
Fascina-me a poesia na sua arte, e o seu sorriso ainda jovem de mais de cem anos….
Fascina-me o brilho filtrado pelo fumo de um cigarro eternamente aceso em sua mão, quando imagina e se inspira nas linhas suaves mas precisas de um corpo de mulher…
A mulher está na sua obra. Na sua vida, como inspiração permanente. Como Deusa, Magica, ou simplesmente humana!.....
A mulher é Brasília. É Alvorada despontar do corpo, da forma. É Catedral, espírito.
A mulher será sempre obra viva na arte de Niemeyer.O poeta das arquitectura.
Brasília 50 anos!
Brasília não será, nem nunca foi a moderna El-Amarna, (cidade maldita) do antigo Egipto.
Brasília é uma cidade viva que sobrevirá ao sonho visionário de dois homens: Juceslino Kubitschek, e Óscar Niemeyer!
Miemeyer, poeta arquitecto, sonhador, homem.
O seu traço trás o perfume de mulher. Mulher amada, desejada…
Na mulher está a essência de tudo o que cria. Corpo, sensualidade…
Na mulher está a inspiração, o arrojo do génio, a beleza da arte.
No traço imperfeito, está a perfeição de um poema cantado nas areias vermelhas de um planalto a que se chamou Brasília, sagrando o corpo, a forma, a alma da mulher.
Fascina-me a poesia na sua arte, e o seu sorriso ainda jovem de mais de cem anos….
Fascina-me o brilho filtrado pelo fumo de um cigarro eternamente aceso em sua mão, quando imagina e se inspira nas linhas suaves mas precisas de um corpo de mulher…
A mulher está na sua obra. Na sua vida, como inspiração permanente. Como Deusa, Magica, ou simplesmente humana!.....
A mulher é Brasília. É Alvorada despontar do corpo, da forma. É Catedral, espírito.
A mulher será sempre obra viva na arte de Niemeyer.O poeta das arquitectura.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
EU!
Sou sorriso e lágrimas. Sou gargalhada e pranto.
Sou carícia e ternura. Sou sonho e utopia.
Sou raiva e amor. Sou prece e sou perdão.
Sou vento e tempestade. Sou poeta e sou poema.
Sou passo de dança, instrumento e voz.
Sou nocturno de Chopin, tela de Van Gohg, escultura de Rodin.
Sou pensamento e palavra. Sou loucura e filosofia.
Sou felina e sou selvagem. Sou suave e sou fria.
Sou Deusa e magia. Sou traço de arquitecto, bisturi.
Sou antiga como o tempo, e hás vezes ainda nem nasci.
Sou luz e escuridão. Sou sim e sou não.
Sou querer e não querer. Sou matéria átomo e pó
Sou guerra e sou paz. Sou fogo labareda e chama.
Sou grito de liberdade. Sou vaga na tempestade.
Sou seara ondulada pela brisa da manhã.
Sou caravela quinhentista, ouro, canela, e seda.
Sou céu azul, sou terra, sou mar.
Sou pássaro cortando o ar.
Sou mulher, sou eu! ,
Sou carícia e ternura. Sou sonho e utopia.
Sou raiva e amor. Sou prece e sou perdão.
Sou vento e tempestade. Sou poeta e sou poema.
Sou passo de dança, instrumento e voz.
Sou nocturno de Chopin, tela de Van Gohg, escultura de Rodin.
Sou pensamento e palavra. Sou loucura e filosofia.
Sou felina e sou selvagem. Sou suave e sou fria.
Sou Deusa e magia. Sou traço de arquitecto, bisturi.
Sou antiga como o tempo, e hás vezes ainda nem nasci.
Sou luz e escuridão. Sou sim e sou não.
Sou querer e não querer. Sou matéria átomo e pó
Sou guerra e sou paz. Sou fogo labareda e chama.
Sou grito de liberdade. Sou vaga na tempestade.
Sou seara ondulada pela brisa da manhã.
Sou caravela quinhentista, ouro, canela, e seda.
Sou céu azul, sou terra, sou mar.
Sou pássaro cortando o ar.
Sou mulher, sou eu! ,
quarta-feira, 7 de abril de 2010
SE SOUBESSES
Se soubesses como o sol bate lá fora...
Como o azul engole o céu de nuvens
Pequenas e brancas, de algodão macio,
Onde os anjos brincam ás escondidas,
Entre gargalhadas palavras proferidas....
Se soubesses, como a terra celebra a festa
Dos Deuses antigos, criados entre lendas,
E historias no amanhecer do mundo....
Se soubesses, como o mar se engalfinha nas ondas
Brancas de espuma, soltando suspiros e ais,
Entre caricias de sereias com canções ao anoitecer...
Se soubesses como a lua solta
Os seus cabelos de prata,
Nos rios e nos mares....
Como as estrelas me levam por caminhos
Secretos infinitos de magias, e alquimias....
Se soubesses, de cânticos ao anoitecer,
De palavras, de poemas, de corações a bater...
De consciências de sonhos, de verdades perdidas
Em caminhos dourados ,
De saberes antigos, ancestrais...
Se soubesses....
Como o azul engole o céu de nuvens
Pequenas e brancas, de algodão macio,
Onde os anjos brincam ás escondidas,
Entre gargalhadas palavras proferidas....
Se soubesses, como a terra celebra a festa
Dos Deuses antigos, criados entre lendas,
E historias no amanhecer do mundo....
Se soubesses, como o mar se engalfinha nas ondas
Brancas de espuma, soltando suspiros e ais,
Entre caricias de sereias com canções ao anoitecer...
Se soubesses como a lua solta
Os seus cabelos de prata,
Nos rios e nos mares....
Como as estrelas me levam por caminhos
Secretos infinitos de magias, e alquimias....
Se soubesses, de cânticos ao anoitecer,
De palavras, de poemas, de corações a bater...
De consciências de sonhos, de verdades perdidas
Em caminhos dourados ,
De saberes antigos, ancestrais...
Se soubesses....
terça-feira, 30 de março de 2010
SEMPRE SONHANDO
As gaivotas andam além,
Vias há pouco, ouvi os seus gritos...
O céu está cinzento, as nuvens
Fecham-se em torno do sol, sufocam-no...
Há uma leve maresia no ar...
A chuva virá, é o tempo. Tempo de chegar.
O ar está macio como seda que escorrega pela terra...
Há alguma nostalgia no ar...
Apetece-me sentar aqui,
Aconchegar-me no tempo,
Pegar o meu livro, não saber de nada...
Deixar o dia correr com as gaivotas
Inquietas lá fora...
O mar levanta-se, as sereias escondem-se.
Não há cantos nem sonhos...
Mas eu aqui neste canto, enrolada em mim.
Dentro mim onde ninguém entra...
Sonho.... sonho... sonho....
Vias há pouco, ouvi os seus gritos...
O céu está cinzento, as nuvens
Fecham-se em torno do sol, sufocam-no...
Há uma leve maresia no ar...
A chuva virá, é o tempo. Tempo de chegar.
O ar está macio como seda que escorrega pela terra...
Há alguma nostalgia no ar...
Apetece-me sentar aqui,
Aconchegar-me no tempo,
Pegar o meu livro, não saber de nada...
Deixar o dia correr com as gaivotas
Inquietas lá fora...
O mar levanta-se, as sereias escondem-se.
Não há cantos nem sonhos...
Mas eu aqui neste canto, enrolada em mim.
Dentro mim onde ninguém entra...
Sonho.... sonho... sonho....
sexta-feira, 26 de março de 2010
SE AMANHÃ CHUVER
Se amanhã chuver, vou ficar aqui,
Vendo cada gota cair.
Vou sentar-me no banco dos sonhos ,
E vou escrever um poema que fale de ti...
Se amanhã chuver, ficarei aqui lendo as paginas,
De um livro inventado, onde falarei de amor...
Se amanhã chuver, ficarei aqui,
Ouvindo o som da chuva nas folhas secas
Que o vento espalhou...
Se amanhã chuver, fico aqui quieta ,
Dizendo orações, em que não creio...
Mas por habito, por necessidade de o fazer...
Se amanhã chuver, ficarei aqui olhando o céu
Que se esconde num Inverno que tarda a partir...
Porem se amanhã não chuver,
Correrei até ti, pousarei a cabeça no teu ombro,
E saberei que o Inverno já partiu...
Vendo cada gota cair.
Vou sentar-me no banco dos sonhos ,
E vou escrever um poema que fale de ti...
Se amanhã chuver, ficarei aqui lendo as paginas,
De um livro inventado, onde falarei de amor...
Se amanhã chuver, ficarei aqui,
Ouvindo o som da chuva nas folhas secas
Que o vento espalhou...
Se amanhã chuver, fico aqui quieta ,
Dizendo orações, em que não creio...
Mas por habito, por necessidade de o fazer...
Se amanhã chuver, ficarei aqui olhando o céu
Que se esconde num Inverno que tarda a partir...
Porem se amanhã não chuver,
Correrei até ti, pousarei a cabeça no teu ombro,
E saberei que o Inverno já partiu...
quinta-feira, 25 de março de 2010
sexta-feira, 19 de março de 2010
CAOS
Há restos de vendavais espalhando o caos,
No silencio da tarde fria...
Há pedaços de nada flutuando em mim,
Como espadas, como cartas rasgadas,
Perdidas afogadas em nostalgias...
Há ruínas de memórias, Neblinas de silêncios...
Poços fundos, onde se afogam os meus sonhos,
Vislumbres de luzes fugidias...
Há vácuos no pensamento, na memória...
Há sombras em sol descoberto...
Há angustia de mãos vazias...
Mas lá longe onde o tudo mora,
Onde o riso nasce, onde o ouro brilha nas mãos do sol...
Lá onde eu não sei caminhar,
Onde tropeço entre penhascos e agonias...
Estás tu, sonho irreal, intocável,
Suprema fantasia...
No silencio da tarde fria...
Há pedaços de nada flutuando em mim,
Como espadas, como cartas rasgadas,
Perdidas afogadas em nostalgias...
Há ruínas de memórias, Neblinas de silêncios...
Poços fundos, onde se afogam os meus sonhos,
Vislumbres de luzes fugidias...
Há vácuos no pensamento, na memória...
Há sombras em sol descoberto...
Há angustia de mãos vazias...
Mas lá longe onde o tudo mora,
Onde o riso nasce, onde o ouro brilha nas mãos do sol...
Lá onde eu não sei caminhar,
Onde tropeço entre penhascos e agonias...
Estás tu, sonho irreal, intocável,
Suprema fantasia...
quinta-feira, 11 de março de 2010
NOITE DE LUAR
Noite de luar!...
A terra parece prata...
Sonho com fadas e elfos, com florestas encantadas....
A lua tem sons de cistos,
Melodias pairam no ar...
Minha alma sonha
Danças dançadas ao luar...
A brisa corre ligeira,
Entre o sonho e a liberdade...
Deixa-me certezas, ausências,
Desejos em mim ocultos que não quero revelar...
Mas a lua feiticeira, senhora de cá e de lá,
Brinca comigo na noite
Trazendo lendas, sonhos antigos
Que quero ignorar.
Mas a prata de que é feita
Ilumina meu olhar...
Penso, sonho, quero, tudo o que
Não posso alcançar...
A terra parece prata...
Sonho com fadas e elfos, com florestas encantadas....
A lua tem sons de cistos,
Melodias pairam no ar...
Minha alma sonha
Danças dançadas ao luar...
A brisa corre ligeira,
Entre o sonho e a liberdade...
Deixa-me certezas, ausências,
Desejos em mim ocultos que não quero revelar...
Mas a lua feiticeira, senhora de cá e de lá,
Brinca comigo na noite
Trazendo lendas, sonhos antigos
Que quero ignorar.
Mas a prata de que é feita
Ilumina meu olhar...
Penso, sonho, quero, tudo o que
Não posso alcançar...
quinta-feira, 4 de março de 2010
CIRCE
Sou Circe a feiticeira. Venho do fundo do tempo.
Filha de Deuses, senhora do mundo.
Trago nos cabelos de fogo os nós da vontade e da justiça.
Trago nos lábios vermelhos, a raiva de quem castiga.
Trago nos olhos rasgados a magia de mulher.
Sou Circe a feiticeira, Trago nas mãos amor e sensualidade.
Trago na minha vontade a força de seduzir.
Sou Circe a feiticeira. A mais hábil das três irmãs.
Sou Circe a feiticeira. Senhora do céu e da terra,
Dona das vontades, rainha do Olimpo.
Sou Circe a feiticeira. Trago magia no ar,
Seduzo e faço amar aquele que se aproxima.
Sou circe a feiticeira.
Enfeitiçada por ti meu senhor… Perdi a minha magia…
Sou apenas Circe a mulher…..
Filha de Deuses, senhora do mundo.
Trago nos cabelos de fogo os nós da vontade e da justiça.
Trago nos lábios vermelhos, a raiva de quem castiga.
Trago nos olhos rasgados a magia de mulher.
Sou Circe a feiticeira, Trago nas mãos amor e sensualidade.
Trago na minha vontade a força de seduzir.
Sou Circe a feiticeira. A mais hábil das três irmãs.
Sou Circe a feiticeira. Senhora do céu e da terra,
Dona das vontades, rainha do Olimpo.
Sou Circe a feiticeira. Trago magia no ar,
Seduzo e faço amar aquele que se aproxima.
Sou circe a feiticeira.
Enfeitiçada por ti meu senhor… Perdi a minha magia…
Sou apenas Circe a mulher…..
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
PERDIDA EM SONHOS...
Chuvas pesadas caem lá fora.
Caem como espadas, cortinas do nada...
Doem na alma presa no acontecer do tempo.
Chove. Chove como se mais nada
O tempo tivesse para fazer...
Laminas de cristal tremeluzentes e obliquas ,
Caem tocadas pelo vento que vem de sul...
Quero pensar. Quero ver lá fora, mas a chuva...
Sonho aqui. Aqui onde sempre prendo os meus sonhos
Para depois os soltar numa manhã de sol.
Sonho com céus pintados de azul,
E mares revoltos de esperança,
Com o sol a rir as gargalhadas descaradas
No seu impudor...
Sonho, e de tal maneira me deixo levar,
Que já não chove, apenas o sol ainda não se apercebeu,
Porque talvez como eu esteja a sonhar....
Caem como espadas, cortinas do nada...
Doem na alma presa no acontecer do tempo.
Chove. Chove como se mais nada
O tempo tivesse para fazer...
Laminas de cristal tremeluzentes e obliquas ,
Caem tocadas pelo vento que vem de sul...
Quero pensar. Quero ver lá fora, mas a chuva...
Sonho aqui. Aqui onde sempre prendo os meus sonhos
Para depois os soltar numa manhã de sol.
Sonho com céus pintados de azul,
E mares revoltos de esperança,
Com o sol a rir as gargalhadas descaradas
No seu impudor...
Sonho, e de tal maneira me deixo levar,
Que já não chove, apenas o sol ainda não se apercebeu,
Porque talvez como eu esteja a sonhar....
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
QUANDO EU FOR VELHA!
Quando eu for tão velha que o meu corpo já não seja,
Soltarei a alma e correrei á desfilada por aí...
Saudarei toda e qualquer espécie de vida.
Matarei a morte.
Correrei pelo espaço, e serei gente,
Cantarei poemas em cada amanhecer,
Serei terra, flor e fruto.
Serei mar e maré,
E romperei o horizonte com gritos e poemas que vivi.
Estarei nas estrelas, nas montanhas, e em ti.
Serei corpo renascido pela força de viver.
Serei gaivota do mar, fúria ao anoitecer.
Serei arco-íris, razão, verdade.
Serei em ti amor eterno.
Serei fragrância, e liberdade.
Serei enfim tudo aquilo que sempre
Quis ser!
Soltarei a alma e correrei á desfilada por aí...
Saudarei toda e qualquer espécie de vida.
Matarei a morte.
Correrei pelo espaço, e serei gente,
Cantarei poemas em cada amanhecer,
Serei terra, flor e fruto.
Serei mar e maré,
E romperei o horizonte com gritos e poemas que vivi.
Estarei nas estrelas, nas montanhas, e em ti.
Serei corpo renascido pela força de viver.
Serei gaivota do mar, fúria ao anoitecer.
Serei arco-íris, razão, verdade.
Serei em ti amor eterno.
Serei fragrância, e liberdade.
Serei enfim tudo aquilo que sempre
Quis ser!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
VIAJANDO
Soltei as amarras do meu barco dos sonhos,
Parti nele...
Corri o mundo, naveguei por sete mares,
Contornei todas as ilhas.
Toquei todos os portos.
Cheguei a todas as cidades...
Vi todos os equinócios,
Aportei no mundo, galguei montanhas, desci rios...
Falei todas as línguas, aprendi todas as culturas,
De cada uma deles trouxe, uma flor, uma palavra, uma lenda.
Conheci todos os povos, negros, brancos, mestiços...
Dancei todas as danças...
Cri em todos os Deuses.
Corri o deserto... achei-me no silencio, da imensidão...
Senti todos os frios dos gelos.
Corri entre animais selvagens...
... Mas acordei aqui...
Meu barco encalhou nesta praia,
O mar quebrou-o devagar.
Meus sonhos, já não são sonhos,
São pedaços de coisas atiradas ao mar,
Que se desfazem no meu acordar...
Parti nele...
Corri o mundo, naveguei por sete mares,
Contornei todas as ilhas.
Toquei todos os portos.
Cheguei a todas as cidades...
Vi todos os equinócios,
Aportei no mundo, galguei montanhas, desci rios...
Falei todas as línguas, aprendi todas as culturas,
De cada uma deles trouxe, uma flor, uma palavra, uma lenda.
Conheci todos os povos, negros, brancos, mestiços...
Dancei todas as danças...
Cri em todos os Deuses.
Corri o deserto... achei-me no silencio, da imensidão...
Senti todos os frios dos gelos.
Corri entre animais selvagens...
... Mas acordei aqui...
Meu barco encalhou nesta praia,
O mar quebrou-o devagar.
Meus sonhos, já não são sonhos,
São pedaços de coisas atiradas ao mar,
Que se desfazem no meu acordar...
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
VIDA...........
Estou aqui só, não sei que fazer.
Penso, oiço todos os barulhos de fora.
Um cão que ladra desesperadamente,
Um carro que apita, um comboio que passa...
Que pouco poética é a vida...
Não há pássaros a cantar na alvorada...
Não há grilos ao anoitecer...
Sinto vontade de sair, ir por aí,
Tocar na vida até doer...mas estar viva.
Não sentir nada, só raiva que não consigo conter.
Sinto-me impotente na vida,
Sonho, mas logo acordo
Vivo do lado de lá,
Onde coisas belas não há...
Apenas fumos distantes
Que me trazem âncias de lutar
Até as mãos fazer sangrar...até gritar...
Gritar de raiva mais que incontida,
Plena forma da minha vida
Penso, oiço todos os barulhos de fora.
Um cão que ladra desesperadamente,
Um carro que apita, um comboio que passa...
Que pouco poética é a vida...
Não há pássaros a cantar na alvorada...
Não há grilos ao anoitecer...
Sinto vontade de sair, ir por aí,
Tocar na vida até doer...mas estar viva.
Não sentir nada, só raiva que não consigo conter.
Sinto-me impotente na vida,
Sonho, mas logo acordo
Vivo do lado de lá,
Onde coisas belas não há...
Apenas fumos distantes
Que me trazem âncias de lutar
Até as mãos fazer sangrar...até gritar...
Gritar de raiva mais que incontida,
Plena forma da minha vida
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
MULHER
Prendi meus sonhos em cascatas de espuma.
Gritei gritos de espanto...
Soltei minha alma aos ventos...
Corri florestas de esperança,
Fui rainha, fui guerreira,
Amazona de míticas tribos,
Perdidas na identidade dos tempos....
Cavalguei cavalos alados...
Conquistei mundos,
Dei-me em rituais sagrados...
Os Deuses curvaram-se a mim...
Criei mundos, poemas, formas,
plantei cidades á beira mar,
saltei falésias e montes,
Subi montanhas, agarrei o sol...
fui tudo o que quis ser,
Aqui sentada sonhei, vivi caminhei...
Fui rainha, e sou mulher!...
Gritei gritos de espanto...
Soltei minha alma aos ventos...
Corri florestas de esperança,
Fui rainha, fui guerreira,
Amazona de míticas tribos,
Perdidas na identidade dos tempos....
Cavalguei cavalos alados...
Conquistei mundos,
Dei-me em rituais sagrados...
Os Deuses curvaram-se a mim...
Criei mundos, poemas, formas,
plantei cidades á beira mar,
saltei falésias e montes,
Subi montanhas, agarrei o sol...
fui tudo o que quis ser,
Aqui sentada sonhei, vivi caminhei...
Fui rainha, e sou mulher!...
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
SENHORA DO TEMPO
Há sensações estranhas na angustia do tempo...
Há rituais mágicos nas mãos brancas da vida…
Aqui onde me sento,
O vento atravessa a tempestade.
Raios de luz correm os céus,
Cortando como espada divina a negrura do infinito
Com a luz pesada e cortante da verdade...
Soam ao longe o ribombar dos trovões
Como vozes enraivecidas, como fúrias antigas
De guerreiros, de senhores, em busca de liberdade...
Correm as almas ao vento, leves, ocas,
Sem nada a que se agarrar...
Apenas eu, como senhora, Deusa, criadora,
Sonho e deixo-me levar,
Criando, amando...
Dando de mim tudo o que tenho para dar...
Há rituais mágicos nas mãos brancas da vida…
Aqui onde me sento,
O vento atravessa a tempestade.
Raios de luz correm os céus,
Cortando como espada divina a negrura do infinito
Com a luz pesada e cortante da verdade...
Soam ao longe o ribombar dos trovões
Como vozes enraivecidas, como fúrias antigas
De guerreiros, de senhores, em busca de liberdade...
Correm as almas ao vento, leves, ocas,
Sem nada a que se agarrar...
Apenas eu, como senhora, Deusa, criadora,
Sonho e deixo-me levar,
Criando, amando...
Dando de mim tudo o que tenho para dar...
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
STONEHENGE
Abro um livro, o marcador é uma flor
Seca espalmada, pequena.
Mas com uma historia, um lugar, uma magia, uma força.
Colhia num campo magico, onde antes
Foi tocada por uma Fada.
Há mistério no lugar.
Contam-se historias, imagina-se...
O sol é seu senhor, lambe as pedras,
Sentinelas, túmulos, altares, ou simplesmente nada...
Só força criada pela imaginação.
Fecho os olhos, e ali estão elas...
Pedras suspensas, são assim que são baptizadas...
Vêm murmúrios do além,
Cânticos de Druidas e Bardos...
A harpa toca... Mas antes?
Antes de tudo isso como foi?
Porque foi? Será que alguma vez foi?
Mistério profundo. Milagre no coração...
Os olhos ficam lá. O pensamento
Cria mais que uma catedral...
Os cânticos ainda se ouvem...
Voam nos céus e no ar...
Os pássaros contam historias...
A verdade? A mentira?
Mas a magia isso eu sei está lá,
Em STONEHENGE!
Canta-a o meu coração.. .
Seca espalmada, pequena.
Mas com uma historia, um lugar, uma magia, uma força.
Colhia num campo magico, onde antes
Foi tocada por uma Fada.
Há mistério no lugar.
Contam-se historias, imagina-se...
O sol é seu senhor, lambe as pedras,
Sentinelas, túmulos, altares, ou simplesmente nada...
Só força criada pela imaginação.
Fecho os olhos, e ali estão elas...
Pedras suspensas, são assim que são baptizadas...
Vêm murmúrios do além,
Cânticos de Druidas e Bardos...
A harpa toca... Mas antes?
Antes de tudo isso como foi?
Porque foi? Será que alguma vez foi?
Mistério profundo. Milagre no coração...
Os olhos ficam lá. O pensamento
Cria mais que uma catedral...
Os cânticos ainda se ouvem...
Voam nos céus e no ar...
Os pássaros contam historias...
A verdade? A mentira?
Mas a magia isso eu sei está lá,
Em STONEHENGE!
Canta-a o meu coração.. .
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
TARDE DE INVERNO
Caminho pela beira da praia,
As gaivotas preguiçam ao sol doirado de Inverno.
Os pés enterram-se na areia
Fria e húmida, onde as ondas se desfazem...
O sol cai suavemente, como deve cair
Numa tarde de Inverno, morno e aconchegante...
As algas espalham-se na praia,
Fazendo desenhos, e arabescos em que
Eu leio mil segredos e fantasias....
O cheiro a maresia perfuma o ar,
Sinto o sabor a sal que vem na brisa.
Fecho os olhos, tenho tudo o que quero
Neste momento de paz onde o arco-íris
Abraça a praia e o mar , envolvendo-me
Nesse abraço de cor e magia...
As gaivotas preguiçam ao sol doirado de Inverno.
Os pés enterram-se na areia
Fria e húmida, onde as ondas se desfazem...
O sol cai suavemente, como deve cair
Numa tarde de Inverno, morno e aconchegante...
As algas espalham-se na praia,
Fazendo desenhos, e arabescos em que
Eu leio mil segredos e fantasias....
O cheiro a maresia perfuma o ar,
Sinto o sabor a sal que vem na brisa.
Fecho os olhos, tenho tudo o que quero
Neste momento de paz onde o arco-íris
Abraça a praia e o mar , envolvendo-me
Nesse abraço de cor e magia...
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
PARADOXO
Estou aqui perante a verdade
De uma folha de papel,
Vazia, branca, ausente...
A noite trás o vazio da solidão,
Olho-me da janela aberta para dentro de mim....
Há tanta coisa, e nada...
Escrever, contar o que o coração quer.
Quantas vidas atravessei...
Tão antiga que nem me sei...
Ou será que sei!...
Que sou apenas uma pequena alvorada, sem expressão?...
Nos meus olhos penso trazer
Todo um passado de memórias...
Há chuva miúda lá fora....
O pensamento perde-se em desasossegos...
As palavras surgem, a folha de papel
Vai parecendo menos branca,
Mas nem por isso o que escrevo faz sentido...
Tal como eu paradoxalmente vazia....
De uma folha de papel,
Vazia, branca, ausente...
A noite trás o vazio da solidão,
Olho-me da janela aberta para dentro de mim....
Há tanta coisa, e nada...
Escrever, contar o que o coração quer.
Quantas vidas atravessei...
Tão antiga que nem me sei...
Ou será que sei!...
Que sou apenas uma pequena alvorada, sem expressão?...
Nos meus olhos penso trazer
Todo um passado de memórias...
Há chuva miúda lá fora....
O pensamento perde-se em desasossegos...
As palavras surgem, a folha de papel
Vai parecendo menos branca,
Mas nem por isso o que escrevo faz sentido...
Tal como eu paradoxalmente vazia....
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